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Ritu Jyoti, vice-presidente e gerente-geral da IDC, conversa no palco com Mike Capone, CEO da Qlik. Ela veste um blazer rosa vibrante e faz gestos com as mãos enquanto fala, enquanto Capone, de costas para a câmera, usa um terno cinza. Ambos estão em um ambiente de evento corporativo ou conferência (empresas)

O lançamento do ChatGPT, em novembro de 2022, impulsionou a inteligência artificial generativa e, desde então, tem-se observado uma inovação sem precedentes na democratização da IA. A IDC prevê que o gasto global com TI em inteligência artificial alcançará US$ 816 bilhões até 2028. No entanto, apesar do volume expressivo de investimentos, ao realizar um benchmark sobre o nível de maturidade em IA no início deste ano, a entidade constatou que 89% dos participantes afirmaram possuir uma estratégia de IA, mas apenas 29% a implementaram efetivamente.

“A maioria das organizações está nos estágios dois e três de maturidade, em um ciclo composto por cinco níveis. Então, surge a pergunta: o que realmente está acontecendo e por que essas organizações estão enfrentando dificuldades?”, questionou Ritu Jyoti, vice-presidente e gerente-geral da IDC para a prática global de pesquisa em inteligência artificial, automação, dados e análise, ao subir ao palco com o CEO da Qlik, Mike Capone, como convidada para a abertura do Qlik Connect 2025.

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Ela explicou que a pesquisa da IDC identificou quatro fatores principais. O primeiro é que os dados estão fragmentados, desconectados e espalhados por sistemas distintos, o que dificulta o uso eficaz da IA. O segundo aspecto é que, embora muitas empresas estejam avançando com estratégias, essas iniciativas operam de forma isolada em relação à estratégia corporativa. “Elas não possuem os casos de uso adequados, tampouco os KPIs corretos, nem um processo contínuo de mensuração e governança. Isso está gerando um grande caos”, destacou Ritu Jyoti.

O terceiro fator é a carência de uma força de trabalho devidamente preparada para lidar com IA – mesmo com o esforço de aprimoramento das habilidades, esse avanço não ocorre na velocidade necessária. “E, por fim, mas não menos importante, existe muita paranoia na indústria de que as pessoas vão perder seus empregos. Você vai perder seu emprego? Eu acho que não”, opinou a vice-presidente da IDC. “Eu também não acho. Acredito que, se alguém perde o emprego, é porque outra pessoa se tornou melhor em IA do que ela, e não porque a IA assumiu essa função”, completou Mike Capone.

GenAI é relevante, mas a IA agêntica vai além

Ritu Jyoti também enfatizou que a inteligência artificial generativa é extremamente relevante, mas a IA agêntica representa um avanço. “A IA generativa tem como objetivo aprimorar o ser humano, melhorar a produtividade, a eficiência operacional e a velocidade nas decisões. O foco está na eficiência, nos ganhos de custo e produtividade. Agora, vamos além. Ao pensarmos em Agentic AI, o foco está na agilidade, adaptabilidade e tempo”, explicou Jyoti.

No caso da IA generativa, a tecnologia aprimora o desempenho humano, enquanto na IA agêntica há uma integração entre a força de trabalho humana e os sistemas digitais. Isso, segundo Jyoti, opera em uma velocidade, precisão e escala que nenhum ser humano seria capaz de alcançar sozinho. Um exército de agentes atuando em conjunto pode desbloquear um crescimento exponencial. “Essa é a principal diferença – e o que está impulsionando transformações e levando as organizações a um novo patamar de inovação e agilidade, que a força de trabalho exclusivamente humana não consegue alcançar”, concluiu a vice-presidente da IDC.

*A jornalista viajou a Orlando a convite da Qlik

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