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RH, gestão de pessoas, dados, recursos humanos, gente, times, performance, dicas futuro do trabalho

O mercado de trabalho está em transformação graças à tecnologia – o que não é exatamente novidade. Preparar as equipes e os trabalhadores das empresas para o futuro exige, segundo Sergio Fernandes, cofundador do Grupo Mooven, estratégias que combinem aprendizado contínuo, desenvolvimento humano, adoção inteligente de tecnologia e uma cultura organizacional de inovação.

Isso porque, segundo o relatório The Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial, 22% dos empregos atuais serão transformados até 2030, com a criação de 170 milhões de funções e a extinção de 92 milhões – saldo positivo de 78 milhões, mas ainda assim um movimento bastante drástico.

Para Fernandes, “equipes preparadas para essa nova realidade são mais do que uma resposta às mudanças, são uma necessidade fundamental para construir organizações mais resilientes, criativas e alinhadas às demandas de um mundo em constante transformação”. O especialista dá quatro dicas para gestores criarem esses times e profissionais.

  1. Requalificação e aprendizado contínuo

Um estudo da Fundação Dom Cabral, de 2024, revelou que 65% dos trabalhadores consideram essencial adquirir habilidades para permanecerem competitivos, e 78% buscam oportunidades de treinamento oferecidas pelas empresas. Para atender a essa demanda, as organizações podem implementar programas de aprimoramento de conhecimentos (upskilling) e aprendizado de novas competências (reskilling).

É possível firmar parcerias com plataformas de educação online ou criar academias internas de treinamento focadas em habilidades específicas, diz Fernandes.

  1. Habilidades comportamentais e socioemocionais

Habilidades comportamentais e socioemocionais — como pensamento crítico, resiliência, criatividade, comunicação eficaz e inteligência emocional — tem sido cada vez mais cobradas dos profissionais. Segundo o The Future of Jobs Report 2025, essas competências serão indispensáveis para ambientes de trabalho dinâmicos, onde a colaboração interdisciplinar e a resolução de problemas complexos são a norma.

Isso pode ser feito por meio de treinamentos práticos, como workshops de liderança adaptativa e dinâmicas de equipe que estimulem a empatia e a inovação, diz o especialista. Além disso, criar ambientes colaborativos, inclusivos, com trocas de experiências, onde diversas perspectivas e experiências adquiridas sejam valorizadas, fortalece a capacidade das equipes enfrentarem desafios com criatividade e resiliência.

  1. Letramento tecnológico e a integração estratégica da IA

Um relatório do Gartner de 2025 apontou que 80% das empresas planejam integrar IA nas operações até 2027, tornando o letramento tecnológico essencial. Mais do que entender as ferramentas, os profissionais precisam saber aplicá-las para otimizar tempo, melhorar a tomada de decisão e aumentar a produtividade.

Para preparar as equipes, as organizações podem oferecer treinamentos práticos sobre o uso de soluções de IA, como assistentes virtuais ou plataformas de automação, com ênfase em casos práticos específicos. Programas de mentoria e laboratórios de inovação podem ajudar a desmistificar a tecnologia.

  1. Fomentar uma cultura de inovação

Uma liderança inspiradora, confiável e participativa é essencial para alinhar equipes a uma visão compartilhada e motivá-las em tempos de incerteza, diz Fernandes. Para construir um ambiente assim, as empresas podem criar espaços para ideação, programas de intraempreendedorismo e mentorias.

Os colaboradores devem ser incentivados a atuar como equipe, propor soluções que resolvem dores do negócio, desenvolvendo responsabilidade (“accountability”), motivação pelas conquistas e o ganho de experiência. Os líderes devem ser capacitados para atuar como facilitadores, promovendo a diversidade de ideias e oferecendo feedback.

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