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Metade dos executivos admite que IA generativa aumentou impacto ambiental de empresas

By 10 de abril de 2025No Comments

Imagem mostrando uma planta verde com folhas iluminadas pela luz solar, em primeiro plano, destacando o conceito de sustentabilidade ou meio ambiente. Ao fundo, em desfoque, aparecem prédios altos com fachadas de vidro refletindo a luz do sol, sugerindo a ideia de integração entre a natureza e a arquitetura urbana moderna (negócios, impacto ambiental)

A inteligência artificial generativa tem um impacto ambiental “significativo e crescente”, e muitas organizações falham ao acompanhar o crescimento do uso dessa tecnologia, assim como sua pegada ambiental, o que compromete objetivos ESG. As empresas estão preferindo apostar na capacidade da IA generativa para impulsionar o crescimento dos negócios do que controlar os custos ambientais de seu uso, alerta um relatório recente da Capgemini.

Segundo a consultoria francesa, a IA tem potencial para impulsionar o crescimento dos negócios, e é capaz inclusive de melhorar a eficiência energética e apoiar iniciativas de sustentabilidade. No entanto, ela requer processamento de grandes quantidades de dados e um poder computacional “significativo”, o que consome grandes quantidades de eletricidade, água e outros recursos.

Quase metade (48%) dos executivos acredita que a utilização de IA generativa impulsionou um aumento nas emissões de gases do efeito estufa (GEE). O esperado é que esse aumento continue a crescer. As organizações que medem seu impacto com a tecnologia esperam que a porcentagem de emissões causadas pela IA aumente, em média, de 2,6% para 4,8% das emissões totais nos próximos dois anos.

Para mitigar essa situação, diz o relatório da Capgmini, as organizações estão recorrendo a fontes de energia renováveis e tentando otimizar a infraestrutura de IA.

Minoria sustentável

Apenas 12% dos executivos que utilizam a IA generativa afirmam que a organização em que trabalham mede a pegada ambiental da utilização da tecnologia, e apenas 38% afirmam estar conscientes do impacto ambiental.

À medida que as empresas tentam acompanhar os concorrentes, o desempenho, a escalabilidade e o custo são fatores chave para considerar o uso de modelos de IA generativa, enquanto a sustentabilidade aparece com importância pequena. Um quinto dos executivos classifica a pegada ambiental da IA generativa como um dos cinco principais fatores ao selecionar ou construir modelos, e mais da metade reconhece que incluir a sustentabilidade como um critério-chave na seleção de fornecedores reduziria a pegada ambiental.

Quase um terço (31%) das organizações tomaram iniciativas para incorporar medidas de sustentabilidade no ciclo de vida da IA generativa. Mais de metade já utiliza modelos menores e alimenta a infraestrutura da IA generativa com fontes de energia renováveis, ou planeja fazê-lo nos próximos 12 meses.

No entanto, com mais de três quartos das organizações utiliza apenas modelos pré-treinados e apenas 4% constroem os próprios modelos do zero. Aproximadamente três quartos consideram um desafio medir a pegada da tecnologia devido à transparência limitada dos fornecedores, e a indústria carece de uma metodologia para medir essa pegada ambiental.

“Se quisermos que a IA generativa seja uma força para o valor sustentável de negócio, é necessário que haja uma discussão de mercado em torno da colaboração de dados, desenhando padrões para toda a indústria sobre como contabilizamos a pegada ambiental da IA, para que os líderes empresariais estejam preparados para tomar decisões de negócios melhor informadas e responsáveis, e mitigar esses impactos”, diz em comunicado Cyril Garcia, líder de serviços globais de sustentabilidade e responsabilidade corporativa da Capgemini.

O relatório entrevistou 2 mil executivos de organizações com mais de US$ 1 bilhão em receitas anuais, em 15 países, inclusive o Brasil. É possível baixar o documento nesse link.

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