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Startups: 5 grandes empresas explicam o que buscam antes de investir

By 14 de abril de 2025No Comments

Um homem vestido formalmente, segurando um tablet, com elementos gráficos digitais projetados no ar. Os ícones incluem um foguete, símbolos de inteligência artificial (AI), pesquisa, gráficos de crescimento, alvos e instituições financeiras. A cena transmite inovação, tecnologia e crescimento empresarial (startups, startup, inovação, disrupções)

O que exatamente as grandes empresas buscam ao investir em startups? Segundo companhias que praticam inovação aberta no LinkLab – programa da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) -, o objetivo é enfrentar desafios e manter a competitividade. É o que dizem cinco executivos, todos trabalhando em organizações com faturamento anual entre R$ 2 bilhões e R$ 300 bilhões.

“Temos exemplos de corporações que alcançaram até seis vezes o retorno do valor investido em soluções desenvolvidas por startups conectadas ao programa”, diz em comunicado Silvio Kotujansky, diretor de inovação e novos negócios da Acate.

Veja também: Dólar alto impulsiona internacionalização de startups brasileiras B2B

O LinkLab foi fundado em 2017 para apoiar grandes corporações e instituições públicas a acelerarem sua própria transformação digital. Promete metodologia de inovação aberta que promete soluções “ágeis e de alto impacto” para essas organizações, o que na prática significa conexão com startups de diversos tipos.

Ao longo de sete anos, mais de 65 corporações foram atendidas, em quase 600 desafios. Mais de 10 mil startups estão cadastradas no programa.

Confira abaixo o que cinco empresas de diferentes setores da economia buscam ao investir em startups:

Ailos

A cooperativa de crédito aposta na inovação aberta como estratégia para acelerar processos internos e transformar a cultura organizacional. Com mais de 1,6 milhão de cooperados no Brasil, a cooperativa tem R$ 3 bilhões em capital social.

Segundo Tatiane Theiss, analista de gestão da inovação da Ailos, trazer o dinamismo das startups para o ambiente corporativo amplia a visão estratégica e promove agilidade operacional. A empresa está interessada em eficiência operacional e segurança de dados, alinhando a inovação às necessidades do negócio.

“Ao nos relacionarmos com uma startup, buscamos esse dinamismo, essa veia inovadora de uma solução que está recente acontecendo e escalando. De fato, se está escalando é porque tem dado certo. Então, toda essa energia de agilidade e conexão com o que está novo no mundo”, diz Tatiane.

ArcelorMittal

A multinacional siderúrgica procura startups com potencial de alto retorno financeiro e soluções tecnológicas robustas. Lincoln Possada de Rezende, assessor de relacionamento com o ecossistema da empresa, explica que a escolha das parcerias não depende apenas da tecnologia, mas também do time.

“O diferencial de uma startup está nas pessoas. Então, o time da startup é um fator decisivo na escolha das parcerias”, diz. A empresa é uma das maiores produtoras de aço do Brasil com cerca de 126 mil empregados no mundo, 19 mil no Brasil, e atende a clientes em 140 países.

Bistek Supermercados

A rede de mercados usa a inovação aberta para ganhar eficiência operacional e diferenciação competitiva. Tatiana Goes Mendonça, CIO e head de inovação do Bistek, explica que a empresa tem foco em melhorar a experiência do cliente e otimizar processos internos.

“Buscamos estar abertos a conhecer soluções e tecnologias que possam se integrar ao nosso negócio de uma maneira rápida e que a gente possa trazer um diferencial que se agregue ao nosso ecossistema (…), principalmente visando clientes ou processos de eficiência operacional”, explica.

CREA-SC

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina está em processo de transformação para modernizar processos fiscalizatórios. Rhuan Bittencourt, head de inovação do CREA-SC, diz que a busca é por soluções de integração de dados para melhorar a inteligência fiscalizatória e aumentar a eficiência operacional.

“A gente trabalha bastante com dados. É a nossa dor por conta da natureza do nosso serviço, que é a fiscalização. Então toda parte de integração de dados, sejam eles abertos ou de outras corporações, que possam ser integrados aos nossos sistemas para gerar uma inteligência de fiscalização é algo que buscamos”, diz.

O Conselho tem estrutura descentralizada – 23 inspetorias, 7 escritórios e 3 postos de atendimento em Santa Catarina, com aproximadamente 230 funcionários e 97 conselheiros, representantes de entidades de classe e instituições de ensino do setor tecnológico –, além de 30 diretores regionais e 375 inspetores no estado.

Grupo Pereira

Busca na inovação aberta soluções que otimizem a eficiência operacional e reduzam perdas de estoque. Douglas Uesato, gestor da área de inovação do grupo, explica que a companhia investe em startups que entregam resultados rápidos. Além de prevenção de perdas, o grupo está investindo em inteligência artificial para melhorar processos e fortalecer presença em segmentos como varejo, farmácia e logística.

“A gente tem olhado bastante para soluções que consigam nos ajudar a resolver os nossos processos internos através da tecnologia”, diz Uesato.

O Grupo Pereira possui 120 unidades de negócios distribuídas por cinco estados e no Distrito Federal. São mais de 20 mil colaboradores em marcas como Fort Atacadista (atacarejo), Comper (supermercado), Bate Forte (atacado distribuidor) e outras.

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