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Drex: o que está em jogo na revolução da infraestrutura financeira brasileira

By 14 de abril de 2025No Comments
Drex | Foto: Divulgação

*Por Patricia Fischer, CRO da Zoop, fintech do iFood

O debate sobre blockchain no Brasil ganhou maturidade com o Drex. Esta iniciativa está além da simples digitalização da moeda – representa uma mudança silenciosa e radical: a reinvenção da base tecnológica do sistema financeiro brasileiro, tornando-a mais integrada, programável e interoperável.

O que é o Drex e por que ele importa?

O Drex não é apenas uma versão digital do real, como muitos pensam. É uma completa
infraestrutura baseada em blockchain, desenvolvida pelo Banco Central do Brasil, pensada
para permitir operações financeiras automatizadas, seguras e transparentes entre múltiplas
partes – sejam bancos, fintechs, empresas ou o próprio consumidor final. A moeda digital
funcionará por meio da tecnologia blockchain, a mesma usada em outras criptomoedas, mas
com um controle centralizado pelo Banco Central, garantindo maior segurança nas transações.

Com o Drex, as transações financeiras tendem a ser mais baratas, já que o Banco Central
pretende diminuir as taxas de intermediação bancária. A discussão sobre interoperabilidade
ganha destaque neste contexto. Em um sistema em que blockchains públicas e privadas
conversam entre si, com ativos tokenizados circulando com fluidez, abrem-se novas
oportunidades para modelos financeiros mais simples, rápidos e inclusivos.

O diferencial competitivo no ecossistema tokenizado

Nesse cenário, ter a capacidade de integrar, adaptar e escalar soluções que dialoguem com
esse novo ecossistema tokenizado passa a ser um diferencial competitivo importante,
substituindo as promessas de longo prazo por resultados imediatos e tangíveis.

Brasil na vanguarda global

Durante o painel Drex: The Digital Real Revolution, no South Summit Brazil 2025, ficou claro
o entusiasmo em torno do Drex. Enquanto países como Singapura e Coreia do Sul avançam em stablecoins e moedas digitais de banco central, o Brasil lidera com um modelo que une
inovação e regulação. Aqui, fintechs e grandes instituições têm espaço para cocriar soluções
reais.

O Banco Central prevê o lançamento do Drex ainda em 2025, após a conclusão da fase de
testes, que deve encerrar no primeiro semestre. É exatamente nesse ponto que as fintechs de
destacam como parceiras estratégicas para negócios que desejam operar no presente com
mentalidade de futuro, preparando-se para essa nova realidade financeira.

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