Skip to main content
Notícias

Presidente da FCC diz que Europa precisa escolher entre tecnologia de satélites dos EUA ou da China

By 15 de abril de 2025No Comments

Imagem de sobreposição das bandeiras dos Estados Unidos e da China, destacando os símbolos de ambas as nações. A bandeira americana, com listras e estrelas, se mistura à bandeira chinesa, com fundo vermelho e estrelas amarelas, representando a interação entre os dois países (China, EUA, minerais, tecnologia, tarifa, europa)

A Europa precisa decidir de que lado está na corrida por tecnologias de conectividade via satélite: com os Estados Unidos ou com a China. Essa foi a mensagem direta do presidente da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), Brendan Carr, em entrevista ao Financial Times publicada nesta segunda-feira (15), conforme destacado pelo The Verge.

Carr afirmou que vê com preocupação o que considera um “viés” por parte de reguladores europeus contra empresas de tecnologia dos EUA, ao mesmo tempo em que a China avança rapidamente com seus próprios sistemas de internet via satélite. “Se você se preocupa com o Starlink, espere até ver a versão do Partido Comunista Chinês. Aí sim vai ficar preocupado”, disse ele ao jornal britânico.

Leia também: OpenAI lança GPT-4.1, novo modelo multimodal com avanços em contexto e custo

A declaração acontece em meio a um clima de tensão crescente entre governos europeus e companhias americanas, especialmente desde o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA. Vários países da União Europeia vêm investigando ou aplicando regulações mais rigorosas contra empresas como Meta, Google, Apple e X (ex-Twitter), o que Carr classificou como “protecionismo” e uma postura “antiamericana”.

No centro do debate está o Starlink, serviço de internet por satélite da SpaceX, de Elon Musk, que atualmente é a maior constelação do mundo, com mais de 7.100 satélites em órbita. Recentemente, a plataforma enfrentou resistência em negociações com governos europeus após Musk sugerir que poderia cortar o acesso da Ucrânia ao serviço, o que levou alguns países a buscarem alternativas locais ou até chinesas.

No entanto, as opções europeias ainda estão muito atrás. A francesa Eutelsat, por exemplo, opera com cerca de um décimo da frota da Starlink e cobra até dez vezes mais por seus terminais. Já a chinesa Spacesail, embora tenha hoje apenas cerca de 90 satélites, planeja lançar 15 mil até 2030, o que a colocaria como potencial rival direta da SpaceX em menos de uma década.

Carr alertou que a disputa por tecnologia de satélites e inteligência artificial está delineando um novo “grande divisor” entre países alinhados ao Ocidente e à China, e que a Europa está “presa no meio” entre Washington e Pequim. “É hora de escolher”, afirmou o presidente da FCC.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!