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Invest Tech aposta em governança e M&A para impulsionar produtividade em startups e empresas de tecnologia B2B

By 16 de abril de 2025No Comments

Montagem com três executivos da Invest Tech. À esquerda, Viviane Radiuk está em pé, sorrindo, com os braços cruzados; ela tem cabelos loiros e veste blazer preto com blusa branca. Ao centro, Felipe Zaghen está sentado em uma mesa de escritório, com um caderno azul à frente, usando camisa listrada e óculos, com vista para prédios ao fundo. À direita, Wagner Pinheiro sorri encostado em uma coluna de madeira, vestindo terno escuro com camisa clara, em ambiente corporativo iluminado. Fotos: Divulgação.

Com duas décadas de atuação e mais de 40% de capital devolvido aos cotistas, a Invest Tech, gestora de fundos de Private Equity e Venture Capital, que investe em empresas que usem a tecnologia como fator crítico para a melhoria de processos, eficiência e longevidade do negócio, acredita que a produtividade será o fio condutor da transformação digital nos próximos anos.

Focada em empresas de tecnologia B2B, a gestora se apoia em três pilares para gerar valor às investidas: especialização em tecnologia, forte atuação em fusões e aquisições (M&A) e um acompanhamento operacional próximo com os empreendedores.

“Nossa origem no mercado financeiro nos deu disciplina para investir bem e para garantir liquidez”, resume Viviane Radiuk, diretora de Venture Capital da Invest Tech. Desde sua fundação, a gestora já realizou 29 investimentos e 12 exits, entre eles, a venda da Uello, de operação logística, para a Lojas Renner, da Skore, startup que desenvolve plataformas de Learning Experience (LXP), para a UOL EdTech, e a mais recente, da empresa de conciliação financeira Dattos, que acaba de lançar uma solução de inteligência artificial (IA).

O Dattos AI, novo produto da empresa, é um exemplo da aposta da Invest Tech em aplicações práticas de IA. A ferramenta promete automatizar até 90% das conciliações financeiras, eliminando o trabalho manual de milhares de linhas de planilhas.

“É uma forma concreta de tornar as áreas contábil e fiscal mais estratégicas”, explica Guilherme Pessoa, CEO da Dattos. Com clientes como BTG, Natura e iFood, a empresa agora mira um mercado de 32 mil companhias no Brasil que lidam com alta volumetria de dados.

Segundo Viviane, o uso interno de IA já havia demonstrado ganhos em produtividade na própria Dattos, o que motivou a empresa a expandir a automação para os clientes. “Agora, com os novos recursos baseados em IA, os usuários da plataforma poderão economizar ainda mais tempo e ganhar agilidade nas operações”, afirma.

Além do produto, a Dattos também lançou um curso gratuito e prático de inteligência artificial aplicada a finanças, reforçando o compromisso com a formação de profissionais capazes de liderar essa nova fase de transformação.

Governança e foco no essencial

Com cinco fundos já captados e o sexto em captação, a Invest Tech mantém um portfólio enxuto. “Temos uma abordagem diferente dos VCs tradicionais: preferimos menos empresas e mais proximidade. Estamos no board de todas as investidas”, afirma Felipe Zaghen, CEO da Invest Tech. A proximidade permite diagnósticos rápidos e ações coordenadas em temas como estratégia comercial, controle financeiro, cultura e tecnologia.

Para Wagner Pinheiro, sócio da Invest Tech, responsável por growth e private equity, a baixa produtividade das empresas brasileiras ainda é um desafio, mas também uma oportunidade. “Todas querem vender mais, gastar menos e organizar a casa. Nosso papel é empoderar o fundador e o C-Level para essa missão, com pragmatismo e disciplina”, afirma.

Entre os maiores obstáculos enfrentados pelas investidas estão a retenção de talentos, a falta de estratégia comercial e o desalinhamento entre produto e mercado. “Muitas startups têm uma ideia legal, mas não têm diferenciação real. O desafio é transformar isso em valor agregado”, diz Viviane.

M&A e IA na veia

Mais do que investir, a Invest Tech atua de forma ativa nos processos de aquisição das investidas. A AmericaNet, por exemplo, fez 29 M&As com suporte da gestora. “Temos visão transacional, ajudamos na preparação, na escolha do parceiro e na governança após a compra”, explica Pinheiro.

A inteligência artificial é hoje prioridade. “Acreditamos nos agentes autônomos há cinco anos. Nossas investidas já usam isso em telecom, e-commerce e agora em finanças”, revela o executivo. A empresa vê oportunidades especialmente no setor de saúde, em que agentes poderiam apoiar desde a gestão hospitalar até o relacionamento com pacientes. “O Brasil ainda está atrás, mas a infraestrutura de dados está evoluindo. Vamos investir nisso”, completa.

Um olho no peixe, outro no gato

Com um mercado mais desafiador e juros altos, os novos fundos da Invest Tech miram soluções que resolvam problemas reais e tenham receita comprovada. “Muitas empresas boas estão sem dinheiro ou com o cap table travado. Estamos criando um fundo que resolve isso com capital primário e secundário”, diz Zaghen.

Segundo Pinheiro, o momento exige velocidade. “No Brasil, o tempo joga contra. O posicionamento de dois anos atrás já está obsoleto. As empresas precisam de um parceiro que olhe para o crescimento e para o risco ao mesmo tempo”, finaliza.

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