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NTT Data: 5 tendências aceleradas pela IA generativa que transformarão os negócios

By 16 de abril de 2025No Comments

Homem usando óculos e camiseta vermelha observa atentamente uma interface digital futurista com gráficos, mapas e dados em azul, representando conceitos de inteligência artificial e análise de dados. A imagem transmite um ambiente tecnológico e inovador, relacionado a tendências em IA generativa.

A inteligência artificial (IA) generativa não é a única tecnologia cujo impacto preocupa gestores e equipes de TI. Na esteira dessa inovação, uma série de transformações tecnológicas tem influenciado as organizações, trazendo novas oportunidades de negócio, mas também desafios de implementação.

Consultoria global de serviços de TI, a NTT Data apresentou nesta semana o relatório global Technology Foresight 2025, que mapeia cinco dessas tendências que moldarão os negócios e a forma como interagimos com tecnologias.

Leia também: Distrito: agentes de IA abrem ‘novo horizonte’ para empresas

De acordo com o documento, a IA generativa é protagonista no avanço de várias dessas direções. Tecnologias como internet das coisas, realidade aumentada, computação em nuvem e blockchain, no entanto, também terão papel relevante em seu desenvolvimento.

O relatório elaborado pela NTT Data é resultado de consultas a uma rede internacional de especialistas em tecnologia e negócios do Grupo NTT. A pesquisa também analisa dados de diversas fontes, incluindo previsões de mercado e informações públicas. A empresa contou com a colaboração de profissionais da Alemanha, Espanha, Israel, Itália, Japão e Reino Unido.

Humanos aprimorados e o futuro do trabalho

A primeira das tendências identificadas pelo estudo é o avanço dos “humanos aprimorados”. A ideia baseia-se em uma conexão cada vez mais intensa entre profissionais e sistemas digitais, promovendo produtividade, inovação e vantagens competitivas.

Tecnologias como IA, aprendizado de máquina (ML) e automação desempenham um papel fundamental nessa tendência, ampliando as capacidades humanas. A integração entre pessoas e tecnologia, segundo a NTT Data, permitirá decisões mais ágeis, redução de erros e uma conexão fluida entre indivíduos e sistemas.

“Não acreditamos no processo de substituição do ser humano pela tecnologia, mas sim em sua complementaridade”, observa Evandro Armelin, sócio-líder de Digital Technology da NTT Data.

Essa tendência já começa a se materializar por meio de assistentes inteligentes, também chamados de “copilotos”. O uso da IA generativa no desenvolvimento de software já movimenta atualmente um mercado de US$ 49,8 bilhões, com projeção de crescimento anual de 21,5% até 2030.

Experiências inteligentes e imersivas

O avanço tecnológico também deve permitir que marcas realizem um antigo desejo: estabelecer conexões personalizadas e imersivas com seus consumidores. Impulsionadas por IA, computação espacial, agentes virtuais e automação, essas experiências devem transformar a maneira como as organizações se relacionam com seus públicos, aprimorando o atendimento e antecipando as necessidades dos clientes.

“Hoje, a típica interação entre um cliente e uma empresa acontece por meio do call center, do balcão de uma loja ou na mesa do gerente do banco”, comenta Armelin. “Como transformar essa interação em algo muito mais imersivo, emocional e personalizado com o uso da tecnologia?”

Na prática, isso deve tirar as empresas de uma postura reativa nas interações com os clientes, promovendo experiências sensoriais, contínuas e contextuais.

Esse movimento será impulsionado, por exemplo, pelo avanço da IA generativa no setor de CX, que já é antecipado por 70% dos líderes da área para os próximos dois anos. Personas digitais — entidades virtuais que representam seres humanos — também abrirão novas possibilidades de relacionamento entre empresas e seus consumidores.

Sustentabilidade digital para a resiliência econômica

Segundo o estudo da NTT Data, a sustentabilidade está deixando de ser “apenas” uma meta ambiental para se consolidar como uma estratégia empresarial abrangente. A consultoria afirma que adotar práticas de sustentabilidade digital leva as organizações a fortalecer sua resiliência e atender às crescentes demandas dos consumidores por operações éticas.

“Os temas relacionados ao ESG só se tornarão realmente impulsionadores de ação dentro das companhias quando estiverem atrelados ao resultado econômico-financeiro”, pontua. “Além disso, a sustentabilidade será baseada, incentivada e desenvolvida por meio da aplicação de tecnologia nos processos das empresas.”

IA, blockchain e internet das coisas estão entre os recursos que deverão ser aplicados para medir, reduzir e compensar impactos, além de integrar métricas de ESG ao desempenho financeiro.

Essas tecnologias já são utilizadas, por exemplo, em projetos de gerenciamento de resíduos e uso da água, otimização de recursos, redução de custos e aumento da eficiência na reciclagem. Com sua capacidade de representar estruturas reais no ambiente virtual, a tecnologia de gêmeos digitais também será essencial para prever impactos ambientais.

Nuvem cognitiva no centro da inovação

A computação em nuvem foi essencial para a disseminação da IA generativa no mundo – e não há indícios de que isso vá mudar em breve.

Segundo a NTT Data, a expectativa é de que o volume global de dados atinja 175 zettabytes até o fim de 2025, o que exigirá infraestruturas de nuvem robustas e inteligentes para a gestão eficiente dessas informações.

Esse cenário deve impulsionar o desenvolvimento do que a consultoria chama de “nuvem cognitiva”, em que tecnologias avançadas de cloud, combinadas com IA e capacidades cognitivas humanas, capacitam as organizações a otimizar operações, melhorar a tomada de decisões e obter insights mais profundos em tempo real.

Para que essa tendência se consolide, será necessário o avanço das capacidades de orquestração de nuvem, além da expansão da computação de borda. “As companhias terão de operar com múltiplas nuvens, aproveitando o melhor que cada uma pode oferecer em determinado momento – seja escalabilidade, custo-benefício ou até mesmo pegada de carbono”, explica.

Cibersegurança como diferencial competitivo

Por fim, o estudo indica que a fusão acelerada entre cibersegurança, análise de riscos e automação é a base da resiliência digital – com impactos diretos no negócio. A segurança é uma condição essencial para confiança, inovação e crescimento, afirma a NTT, e as empresas que internalizarem esse princípio como parte de sua cultura estarão mais preparadas para se adaptar, proteger ativos e gerar valor sustentável.

No futuro, as soluções de segurança cibernética atuarão de forma integrada, monitorando todos os componentes de todas as áreas da empresa, com respostas automatizadas contra ameaças digitais.

Segundo o levantamento, 71% dos stakeholders de segurança já se mostram confiantes de que ferramentas baseadas em IA têm maior capacidade de neutralizar ameaças impulsionadas por inteligência artificial do que soluções tradicionais. “A segurança deve ser uma força invisível, presente em todos os momentos em que utilizamos qualquer componente tecnológico”, conclui o executivo.

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