Nos últimos anos, o home office tem se tornado uma realidade consolidada em diversas empresas ao redor do mundo, mas, ao mesmo tempo, vem acompanhado de muitos alertas importantes, e é necessário uma atenção especial em relação à segurança cibernética das organizações. A transformação digital acelerada trouxe consigo desafios significativos para os funcionários que trabalham de casa, entre os quais a cibersegurança se destaca como um dos pilares mais críticos.
Com a descentralização das operações, os cibercriminosos passaram a explorar novas brechas de segurança, como redes domésticas inseguras, dispositivos desatualizados e o uso de senhas fracas. Ataques de phishing, ransomware e vazamentos de dados tornaram-se mais frequentes, causando prejuízos financeiros e danos à reputação das empresas.
Além disso, quando falamos em home office, temos em vista que a Inteligência Artificial tem sido amplamente utilizada no mercado, trazendo diversos benefícios para as empresas, sendo uma tecnologia facilitadora para as organizações. Não à toa, a adoção dessas ferramentas disparou nos últimos anos. Segundo a pesquisa “The State of AI in Early 2024”, da McKinsey, 72% das empresas globais já adotaram IA, um crescimento significativo comparado aos 55% em 2023. Ferramentas como plataformas de videoconferência, softwares de colaboração em nuvem e sistemas de gerenciamento de tarefas permitiram que equipes continuassem operando de maneira integrada, independentemente da localização dos colaboradores.
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No entanto, esse tipo de tecnologia também pode ser usado para o lado ruim, sendo uma fonte de recursos para os cibercriminosos elaborarem ataques mais sofisticados. e acordo com o relatório global de ameaças da Crowdstrike, ao longo do ano de 2024, os adversários usaram cada vez mais a IA generativa para aprimorar sua engenharia social, acelerar operações de desinformação e facilitar atividades maliciosas na rede.
A adoção da tecnologia de nuvem, sobretudo no sistema remoto de trabalho, também tem lados opostos: se por um lado facilita as operações das empresas, a nuvem continua sendo um importante alvo para os hackers, devido ao seu vasto volume de dados, escalabilidade e erros de configuração exploráveis. Em 2024, a CrowdStrike também identificou em seu levantamento um aumento de 26% em intrusões na nuvem classificadas como novas e não atribuídas, o que indica que mais adversários estão mirando os serviços na nuvem.
O avanço da tecnologia também trouxe um aumento significativo das ameaças digitais. A Inteligência Artificial pode ser vista como uma “faca de dois gumes”: quando bem utilizada, ela fortalece a segurança digital, permitindo uma defesa mais rápida e eficiente contra ataques. No entanto, nas mãos erradas, pode facilitar a construção de ataques sofisticados em tempo recorde.
Caminhos para a segurança digital no home office
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que as empresas adotem uma estratégia proativa de segurança cibernética. Algumas medidas essenciais incluem:
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Exigir o uso de VPNs para acessos remotos seguros;
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Implementar autenticação multifator para login em sistemas corporativos;
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Bloquear acessos a sites ou aplicativos não autorizados;
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Promover treinamentos regulares sobre phishing e golpes digitais;
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Criar uma cultura de segurança digital, incentivando a denúncia de atividades suspeitas;
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Estabelecer regras claras sobre o uso de dispositivos pessoais e compartilhamento de dados;
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Definir procedimentos de backup e recuperação de dados.
A adoção tecnológica no regime remoto transformou a forma como as empresas operam, trazendo ganhos em produtividade e eficiência. No entanto, essa revolução também ampliou os desafios de cibersegurança, exigindo uma abordagem mais estratégica para mitigar riscos.
Com o aumento das ameaças digitais, a combinação de tecnologias como IA, autenticação multifator e treinamentos constantes será essencial para garantir um ambiente de trabalho remoto, seguro e eficiente.
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