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Dell se prepara para a ‘Era das Oportunidades’ da inteligência artificial

By 17 de abril de 2025No Comments

Homem careca com barba e óculos, vestido com fato escuro, segura um microfone enquanto apresenta em palco. Atrás dele, um grande ecrã exibe informações sobre servidores Dell PowerEdge, com destaque para as séries XR, R, XE e T, cada uma com descrições e imagens correspondentes. O fundo do slide é azul e a apresentação parece decorrer num evento tecnológico.

“Todas as empresas terão uma fábrica de IA dentro delas”. É com essa perspectiva que Elias Mansur, diretor regional de vendas da Dell Technologies, abriu o evento de lançamento da 17ª geração de servidores Dell PowerEdge, realizado em São Paulo. As novas linhas de servidores Edge da empresa foram criadas em preparação para o que o executivo chama de “Era das Oportunidades”, que tem orientado as decisões estratégicas da companhia neste e nos próximos anos.

Entre os desafios atuais, além da capacidade de processar inteligência artificial, está a sustentabilidade – uma preocupação constante para a empresa. Para Joel Brawerman, diretor de vendas de ISG da Dell para a América Latina, a atenção vai além do poder de processamento: é necessário que os clientes estejam preparados para possíveis regulamentações que possam surgir para data centers nas próximas décadas.

“Vamos ser cada vez mais cobrados para que os produtos sejam energeticamente eficientes, assim como, em algum momento, aconteceu com os escapamentos de carros. Temos uma preocupação muito grande com toda a cadeia produtiva, nesse sentido. Até 2030, queremos que todos os nossos produtos sejam recicláveis, por exemplo”, afirma.

O novo PowerEdge R770, por exemplo, possui sistemas que economizam até metade dos custos com energia e das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, suporta até 50% mais núcleos por processador e oferece 67% de desempenho adicional. As novas linhas foram desenvolvidas em parceria com a AMD e a Intel, que também marcaram presença no evento de lançamento.

Para a AMD a colaboração representa uma nova fase no mercado brasileiro. “As empresas ainda estão conhecendo os nossos serviços, porque chegamos recentemente, mas com a fabricação local, por meio dos nossos AIM-Ts, vemos um espaço enorme para crescer. Tanto nas demandas de data center quanto em grandes aplicações de HPC e IA”, declarou Alexandre Amaral, diretor de vendas de Data Center e Cloud da AMD Brasil.

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A visão é compartilhada pela Dell que, segundo Brawerman, prevê que a tecnologia Edge representará um terço do faturamento da empresa. A projeção surge justamente do crescimento da inteligência artificial em diversos setores, o que exige processos cada vez mais descentralizados.

Esse movimento também é observado pela Intel, que busca retomar sua liderança de mercado. Em entrevista ao IT Forum, Pietro Colloca, especialista de Aplicações da Intel para a América Latina, comentou uma declaração recente do novo CEO da companhia, Lip-Bu Tan, sobre a defasagem da empresa em termos de inovação.

“Sempre buscamos estar na vanguarda da tecnologia, e este é, com certeza, um dos lançamentos que nos permite competir e voltar a liderar o mercado. Mas também temos investido em outras frentes, como o uso da IA generativa, com os aceleradores. Nossa estratégia é ‘Bring AI everywhere’ – desde o notebook com AI PC até os servidores na nuvem.”

A passos lentos

Apesar dos investimentos no setor e da percepção de avanço da IA, o diretor da Dell, Joel Brawerman, afirma que ainda são necessárias algumas etapas para que o Brasil atinja maturidade no mercado de data centers. “Em outras geografias, tivemos a criação desses grandes centros de processamento, e isso não está acontecendo – pelo menos não na mesma velocidade – na América Latina e no Brasil. Aqui, a adoção tem sido um pouco mais lenta.”

O executivo reitera que é apenas uma questão de tempo. A diferença de ritmo estaria ligada ao processo de descoberta, por parte das empresas brasileiras, sobre a utilidade da inteligência artificial – fator que impulsiona a necessidade por maior capacidade de processamento. Até lá, a Dell pretende estar preparada para atender a essa demanda crescente.

“Hoje, a tecnologia é o negócio. Então, a grande provocação é: se tenho alguém olhando para a curva de crescimento da empresa, preciso ter também alguém atento à área de tecnologia. E isso significa pensar na estratégia e no crescimento da infraestrutura de TI”, conclui.

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