A Intel se prepara para realizar uma das maiores demissões de sua história recente. Segundo informações da Bloomberg, a empresa deve cortar mais de 21 mil postos de trabalho, o que representa cerca de 20% de sua força de trabalho atual. O anúncio oficial é esperado ainda nesta semana, às vésperas da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025.
A medida faz parte da nova estratégia do CEO, Lip-Bu Tan, que assumiu o comando da companhia no fim de 2024, substituindo Pat Gelsinger. Tan pretende enxugar a estrutura gerencial e reposicionar a cultura da empresa com foco em engenharia, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem.
Com cerca de 108.900 funcionários até o fim do ano passado, a Intel já havia promovido um corte de 15 mil vagas em agosto de 2024. A nova onda de desligamentos evidencia o esforço da gigante dos semicondutores para recuperar competitividade em um mercado cada vez mais dominado por rivais como Nvidia, AMD e empresas asiáticas.
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Queda nas ações e virada
Nos últimos cinco anos, as ações da Intel acumulam uma queda de aproximadamente 67%, refletindo desafios operacionais, atrasos no desenvolvimento de novas tecnologias e perda de liderança em segmentos estratégicos.
Desde que assumiu a presidência, Tan vem redesenhando o portfólio da companhia. Uma das iniciativas mais recentes foi a venda de 51% da Altera, sua divisão de semicondutores programáveis, para o fundo Silver Lake, como parte do plano de transformar áreas menos estratégicas em unidades independentes ou passíveis de venda.
A Intel ainda não se pronunciou oficialmente sobre as demissões, mas a expectativa é que o tema seja abordado durante o balanço trimestral da companhia, que também marcará a estreia de Lip-Bu Tan na condução da tradicional chamada com investidores.
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