Flexibilidade e equilíbrio entre vida profissional e pessoal são fatores decisivos para profissionais de tecnologia aceitarem propostas de trabalho (e depois permanecerem nas empresas). É o que dizem cerca de 4,1 mil recrutadores, especialistas e líderes de recursos humanos ouvidos na terceira edição de um estudo – o Hire in Tech – da startup DIO.
Segundo o estudo, empresas que adotam horários flexíveis e oferecem modelos híbridos ou remotos de trabalho têm vantagem competitiva.
“Atualmente, profissionais não buscam oportunidades vislumbrando apenas bons salários, mas qualidade de vida. A liberdade para ajustar rotinas de trabalho e benefícios voltados ao bem-estar físico e mental são cada vez mais atrativos, e importantes para reduzir o turnover e aumentar a produtividade”, diz em comunicado Iglá Generoso, CEO da DIO.
O documento revela também que políticas preventivas contra o burnout, incentivo à autonomia dos colaboradores e ambientes que valorizam a saúde mental têm reduzido índices de rotatividade em até 35%.
Estratégias de retenção
Além da flexibilidade, o estudo aponta outras três estratégias para conquistar e reter talentos no setor de tecnologia. São elas:
- ‘Employer Branding’: Construir uma marca empregadora forte e autêntica é essencial para atrair talentos alinhados à cultura da empresa. “Companhias que comunicam valores e propósito claramente têm 40% mais sucesso em atrair candidatos que se identificam verdadeiramente com a organização”, diz Generoso.
- Desenvolvimento contínuo e reconhecimento: Oferecer planos claros de carreira, mentorias estruturadas e oportunidades constantes de aprendizado aumenta o engajamento dos colaboradores. “Empresas que adotam esses métodos reduzem o turnover em até 45%, garantindo times mais estáveis e produtivos”, diz.
- Ambiente de inovação: Outro ponto destacado no relatório é a importância de um ambiente inovador para reter profissionais. “Empresas que incentivam hackathons internos e oferecem tempo dedicado a projetos experimentais têm equipes mais criativas e motivadas”, diz o CEO da DIO.
Soft skills
As chamadas soft skills – habilidades comportamentais – também aparecem no estudo como cada vez mais importantes, com processos seletivos baseados cada vez mais em competências do tipo. Segundo o estudo, 72% das empresas líderes já adotam avaliações práticas, desafios técnicos e análises de portfólio para contratar, e não só análise de currículos.
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O estudo também diz que os recrutadores estão cada vez mais buscando talentos em comunidades técnicas. “Encontrar os profissionais fora dos espaços tradicionais, como o LinkedIn, por meio de comunidades técnicas, fóruns especializados e plataformas colaborativas é uma forte tendência. Cerca de 60% das empresas bem-sucedidas na contratação em tecnologia afirmam utilizar essas redes para localizar profissionais altamente qualificados, de acordo com a pesquisa”, diz Generoso.
O relatório completo da DIO está disponível para download gratuito nesse link.
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