A Suzano, um dos maiores produtores de papel e celulose do mundo, está usando inteligência artificial generativa da Microsoft para melhorar a eficiência operacional em uma fábrica em Três Lagoas (MS). Batizada de Ana Maria, a IA utiliza o Azure OpenAI Service no comunicador Teams para dar informações às pessoas que trabalham na operação e engenharia da unidade.
Na prática, a assistente ajuda equipes a operarem o digestor da fábrica, equipamento que “cozinha” a madeira sob temperatura e pressão altas, com auxílio de agentes químicos, para que haja a separação das fibras de celulose – posteriormente branqueadas para a fabricação de produtos como o papel. Antes da solução, os times das unidades industriais, em caso de problema com o digestor, precisavam consultar manuais saber como agir.
Com uma pergunta no chat do Teams, os profissionais da companhia conseguem consultar informações e análises, tornando as decisões mais ágeis. Para fazer uma consulta, os funcionários precisam começar uma conversa no Teams, relatar a falha no digestor e solicitar uma posição. Também é possível encontrar instruções específicas no manual ou acessar um histórico de problemas.
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Além das respostas em texto, o chatbot é capaz de elaborar gráficos com análises de dados.
Segundo Josilda Saad, diretora de digitaltech da Suzano, a busca por uma solução que agilizasse essas emergências data de 2022. E que a IA generativa apareceu como oportunidade de melhorar resultados. A solução faz a automação de tarefas complexas utilizando “dados não estruturados, como textos técnicos, relatórios operacionais e análises de falha”, explica.
A solução foi implementada em junho de 2023, e os resultados alcançados nos primeiros meses incluem redução em 15 horas do tempo de treinamento necessário para a integração de profissionais no processo de cozimento da celulose. A implementação também aumentou a produtividade e possibilitou maior precisão na identificação de problemas, dizem as partes.
Mais recentemente, a equipe da Suzano treinou a Ana Maria para a automação de tarefas. A ferramenta é capaz de buscar informações em bases de dados ligadas ao sistema do digestor, realizar análises estatísticas e produzir relatórios de diagnóstico. Essa função foi implementada entre março e abril de 2024.
Depois da conclusão das fases de maturação e avaliação da IA generativa, a ideia é que, ao longo de 2025, a tecnologia seja expandida tanto para outras áreas da fábrica quanto para outras unidades ao redor do Brasil.
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