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Luciana Pinheiro, diretora-geral da Citrix no Brasil, sorri em retrato profissional. Ela usa óculos de acetato com armação estampada, batom coral e colar dourado. Está com os cabelos soltos, lisos e loiros, vestindo blazer escuro. Ao fundo, o ambiente é corporativo e desfocado. Foto: Divulgação.

Quando a Citrix foi adquirida pelos fundos de investimentos Vista Equity Partners e Evergreen Coast Capital por US$ 16,5 bilhões, em 2022, muita gente apostou no fim de uma era. Mas o que poucos previam é que, dessa reestruturação, surgiria uma nova Citrix, mais leve, mais agressiva e mais determinada a blindar o ambiente corporativo em tempos de risco digital crescente. Quem garante isso é Luciana Pinheiro, diretora-geral da Citrix no Brasil desde o final de 2021.
“Nosso modelo mudou completamente. Enxugamos a operação, simplificamos os produtos e reposicionamos nossa oferta com foco total em segurança”, diz Luciana.

O reposicionamento não foi apenas no discurso. A empresa reduziu de mais de 1 SKUs para apenas 14, unificou o licenciamento em três modelos e apostou em uma estratégia regional para a América Latina, dando mais flexibilidade e autonomia às operações locais.

Segurança como mantra

“Secure the work” é a essência da nova fase, segundo Luciana. Com o Uber Agent, a Citrix incorporou inteligência artificial (IA) para análise comportamental e segurança preventiva. A ferramenta monitora o ambiente em tempo real, identifica anomalias como o download excessivo de arquivos e age antes que os incidentes virem crise. “É uma camada de inteligência que ninguém mais tem. E ainda conseguimos rodar em hardware antigo”, reforça a executiva.

Outro destaque citado por ela é a plataforma As Ice Trust, que realiza monitoramento contínuo, reduzindo riscos e fortalecendo a postura de segurança dos clientes, que variam de empresas com 30 até 80 mil posições.

Nova lógica de canais

Ao abandonar o modelo herdado dos Estados Unidos e criando um exclusivo para a América Latina, a Citrix Brasil redefiniu completamente seu ecossistema de parceiros. “Saímos de quase 200 canais para apenas 40, e pretendemos crescer para cerca de 50, mas de forma estratégica”, explica Luciana. Os parceiros agora são escolhidos com base no investimento conjunto e na complementaridade, com foco em segurança e redes, sem conflito de interesses.

Além disso, a Citrix ampliou alianças com grandes players globais para fortalecer seu ecossistema tecnológico. Com o Google Cloud, integra recursos avançados de segurança e prevenção de fraudes. Com a AWS, oferece soluções de desktop como serviço (DaaS) por meio do Amazon WorkSpaces Core. Com a Microsoft, reforça a gestão de ambientes híbridos via AVD e Windows 365.

Já a Nvidia potencializa estações de trabalho virtuais com IA usando GPUs virtuais. Com a Nutanix, a Citrix viabiliza ambientes VDI multicluster escaláveis. E, no Brasil, destaca-se também a nova parceria com a Licencias OnLine, distribuidora especializada em cibersegurança e performance.

A empresa também fechou parceria com a Ingram Micro, que começa a atuar com foco exclusivo em Citrix e valor agregado. “Eles vão oferecer treinamento e licenciamento, com um modelo digital e escalável que casa com o nosso momento”, afirma Luciana.

Resultado no radar

Luciana garante que os sinais de crescimento já se mostram claros, apesar de não revelar números. “O produto está maduro, os clientes estão satisfeitos porque resolvemos várias lacunas, e os parceiros se engajaram muito rápido.”

A nova Citrix, finaliza Luciana, está construindo uma proposta difícil de ser ignorada: uma plataforma unificada, com foco extremo em segurança, licenciamento simplificado e ecossistema enxuto, porém eficiente.

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