Empresas como a Meta Platforms, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, e a Amazon estão recuando em seus programas de diversidade. O movimento ocorre em antecipação à chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, cuja posse está marcada para a próxima segunda-feira, 20 de janeiro.
De acordo com a Reuters, a Meta decidiu encerrar seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), incluindo aqueles voltados para contratação, treinamento e escolha de fornecedores. A decisão foi anunciada em um memorando interno enviado aos funcionários na última sexta-feira.
O recuo da Meta em políticas de DEI é mais um movimento de alinhamento da empresa às políticas defendidas por Trump e grupos conservadores dos Estados Unidos. Na última semana, a empresa descontinuou seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos e nomeou Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e amigo próximo de Trump, para seu conselho. Joel Kaplan, um notório republicano, também foi designado como diretor global de assuntos públicos da companhia.
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Além disso, a Meta revelou que não contará mais com uma equipe dedicada exclusivamente aos temas de DEI. A diretora de diversidade, Maxine Williams, assumirá uma nova função “voltada para acessibilidade e engajamento”, segundo informações divulgadas.
A Amazon.com também está promovendo ações similares. A empresa reduziu “programas e materiais desatualizados” relacionados à representação e inclusão. A ação foi concluída no final do ano passado, conforme um memorando de dezembro ao qual a Reuters teve acesso.
Grupos conservadores têm colocado programas de DEI no alvo de suas críticas. Segundo a Reuters, esses grupos são incentivados por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, de 2023, que derrubou os programas de ação afirmativa para admissão em universidades do país.
*Com informações de Reuters
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