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Escola da Nuvem supera mil alunos formados por ano

By 17 de janeiro de 2025No Comments

Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, em destaque. Ela veste uma camiseta azul com a frase "Transformo Vidas" e um blazer preto. Ana está sorrindo e posando em frente a um painel de plantas verdes, com um fundo desfocado que revela um ambiente moderno e iluminado por luz natural. (Ana Letícia Lucca, Escola da Nuvem, foto Natália Rossi, formado)

Fundada em 2020 por dois executivos do setor de tecnologia – Rafael Marangoni, da Ingram Micro, e Flavio Rescia Dias, da DaRede –, a Escola da Nuvem buscava preencher uma lacuna ainda existente: a falta de profissionais qualificados para trabalhar com cloud computing e TI de modo geral. A organização social sem fins lucrativos busca capacitar e empregar pessoas em situação de vulnerabilidade.

O objetivo inicial era formar cerca de 500 alunos por ano, mas o número foi superado. Nos quatro primeiros anos foram 4.500 pessoas capacitadas. Somente em 2023 foram mais de 3.400 alunos capacitados, sendo que 83% conseguiram emprego, diz a organização.

Atualmente a ONG tem mais de 40 funcionários, 80 instrutores e mais de 200 voluntários por ciclo. A ideia é alcançar pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica e que desejam fazer transição de carreira ou ingressar no mercado de tecnologia.

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A Escola da Nuvem já capacitou pessoas que antes eram empregadas domésticas, vendedores ambulantes, porteiros, garçons, motoristas de aplicativo, entre outras profissões. “O propósito sempre foi ajudar as pessoas a saírem desses contextos”, conta Ana Letícia Lucca, Chief Revenue Officer da ONG.

A organização disponibiliza cursos gratuitos de computação em nuvem, com foco em AWS e Microsoft. Os alunos formados recebem certificados e são encaminhados para oportunidades de trabalho em empresas, e depois são acompanhados para que se adaptem ao novo ritmo de trabalho e expectativas dos contratantes.

“A gente pode impactar as pessoas (…) também no entorno, como os familiares e amigos que possam estar desempregados”, diz a executiva.

Exemplo pessoal

Ana Letícia é um exemplo pessoal do poder transformador da tecnologia. Nascida em Londrina, norte do Paraná, e filha de médica, a executiva diz ter crescido sob a visão de que existiam poucas profissões respeitáveis no mundo: medicina, direito, engenharia, odontologia e administração; esta última a menos bem vista.

Ana escolheu um caminho diferente: se apaixonou pelas artes e depois abriu uma escola de dança. Também foi teleatendente em uma farmácia e estagiária em uma indústria farmacêutica, onde fez carreira. Cursou administração.

Mudou de cidade várias vezes até chegar a São Paulo, capital. Ao ser desligada após a farmacêutica em que trabalhava ser vendida, teve a chance de refletir sobre a trajetória profissional. Buscou uma consultoria de carreira e passou a se dedicar a entender o mercado de capacitação técnica. Abriu uma consultoria de desenvolvimento organizacional e passou a atender o segmento de tecnologia, o que, tempos depois, a conectou com a Escola da Nuvem.

“Eu sempre fui muito apaixonada pelo segmento de tecnologia justamente por entender que é uma área super relevante para a transformação social”, lembra Ana.

Quando soube da Escola da Nuvem, a executiva se voluntariou. Desenvolveu conteúdos focados em ensinar a fazer currículos e se preparar para uma entrevista de emprego. Além disso, engajou voluntários, consolidando um propósito que unia experiência profissional e pessoal.

“Na Escola da Nuvem, consigo inspirar as pessoas a exteriorizar potenciais com um tempero muito melhor e maior para que se desafiem e se desenvolvam; e isso me deixa muito realizada”, diz Ana.

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