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CEO da Broadcom mira oportunidades em IA após enfrentar críticas na aquisição da VMware

By 20 de janeiro de 2025No Comments

Fachada da sede da Broadcom, com um grande letreiro em primeiro plano exibindo o logotipo da empresa: um símbolo vermelho com uma linha branca ondulada e o nome "Broadcom" em letras pretas. Ao fundo, há um prédio moderno de vidro e metal, com linhas horizontais e janelas espelhadas, além de um céu azul e vegetação na área externa. A composição transmite modernidade e inovação tecnológica (vmware)

Hock Tan, CEO da Broadcom, está posicionando a aquisição de US$ 69 bilhões da VMware como uma alternativa “soberana” aos serviços de nuvem das Big Techs, especialmente no mercado europeu. Desde a conclusão do negócio em 2023, a Broadcom reduziu drasticamente o portfólio de produtos da VMware, de milhares para cinco opções, em um esforço para simplificar a oferta e atender às demandas dos clientes.

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“Nosso compromisso era tornar a VMware mais fácil de usar e simplificar a disponibilidade do produto”, explicou Tan ao Financial Times. Apesar das críticas iniciais à nova abordagem, ele defendeu que os ajustes foram necessários para otimizar a experiência dos clientes.

IA e o controle sobre dados

A rápida adoção de ferramentas de inteligência artificial (IA), impulsionada pelo sucesso do ChatGPT, está mudando a forma como as empresas gerenciam seus data centers. Tan argumenta que a VMware oferece uma solução essencial para empresas que desejam manter o controle sobre seus dados, em vez de transferi-los para grandes provedores de nuvem. “O elemento chave na IA é usar e treinar seus dados, mantendo-os em sua infraestrutura”, disse ele.

Na Europa, onde as regulamentações de proteção de dados são mais rigorosas, o conceito de data centers “soberanos” está ganhando força, e Tan posiciona a VMware como uma alternativa aos serviços de nuvem pública.

Controvérsias e ajustes no modelo de negócios

A Broadcom enfrentou forte oposição de alguns clientes e grupos comerciais devido à transição de licenças únicas para assinaturas anuais, que, segundo os críticos, aumentaram os custos de forma significativa. Em setembro de 2024, a AT&T entrou com um processo judicial contra a Broadcom, acusando-a de impor tarifas exorbitantes, mas as partes chegaram a um acordo dois meses depois.

Apesar das críticas, Tan minimizou o impacto: “As pessoas que reclamam são minoria — quem sabe qual é a agenda delas?”. Ele acrescentou que a maioria dos clientes acabou reconhecendo o valor das mudanças após a fase inicial de insatisfação.

O futuro: IA e mais aquisições

Além do foco na VMware, a Broadcom continua investindo em semicondutores, incluindo chips personalizados de IA para empresas como Google e Meta. Essa área impulsionou o valor de mercado da empresa para mais de US$ 1 trilhão.

Tan também não descarta futuras aquisições, tanto no setor de software quanto no de semicondutores, apesar de ter enfrentado bloqueios em tentativas anteriores, como na oferta de US$ 142 bilhões pela Qualcomm em 2017.

“Vivemos em um mercado global”, afirmou Tan, ressaltando que as oportunidades de crescimento da Broadcom vão além das fronteiras dos EUA.

*Com informações de Financial Times

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