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Insights do Ygor

A farsa do MVP em 2025: por que ele está falhando e como fazer certo

By 4 de fevereiro de 2025No Comments

“Precisamos colocar no mercado o quanto antes!” “Teste rápido, aprenda mais rápido!” “MVP lançado sem demora!”

Parece familiar? Se você já empreendeu ou acompanhou startups, provavelmente ouviu essas expressões repetidas como mantras. Mas será que essa abordagem ainda faz sentido em 2025?

Depois de observar inúmeros MVPs fracassarem (inclusive os meus), aprendi uma lição valiosa:

O problema não é técnico. É conceitual.

O erro clássico do MVP

Muitos empreendedores acreditam que um MVP falha porque:

  • O produto foi mal desenvolvido
  • O beta estava repleto de falhas
  • O lançamento foi precipitado
  • O design era rudimentar

Mas a verdade é que o maior erro não está na execução técnica e sim na estratégia por trás do MVP.

A matemática do fracasso

Um MVP ineficaz normalmente:

  • Desperdiça tempo validando premissas erradas
  • Testa o que não precisa ser testado
  • Não comprova nada de concreto
  • Prejudica a reputação ao criar uma experiência insatisfatória

Se o MVP não gera respostas claras e aplicáveis, ele não é um MVP. É apenas um desperdício de tempo e esforço.

O framework real para um MVP de sucesso

Um MVP genuíno precisa seguir três princípios essenciais:

  • M – Mínimo (de verdade)
  • V – Validação objetiva
  • P – Problema bem definido

Ou seja, na prática, um MVP eficiente deve conter:

  • 1 problema real (e relevante para o mercado)
  • 1 solução enxuta (que possa ser testada rapidamente)
  • 1 métrica concreta (para medir a validação)

Como criar um MVP da forma certa

1. Defina um único problema

Seu MVP deve se concentrar em resolver uma necessidade real para um público bem delimitado. Se você não souber exatamente quem tem esse problema, já começou errado.

2. Crie a menor solução viável

Não tente construir algo complexo logo de início. Desenvolva a solução mais simples que possa ser testada e gerar aprendizado.

3. Estabeleça uma métrica de validação

Se você não definir o que precisa ser medido para validar sua hipótese, seu MVP será inútil. Defina indicadores claros para acompanhar o progresso.

4. Tenha um feedback loop ágil

Teste, colete percepções, ajuste e repita o processo rapidamente. Quanto mais rápido você aprender, maiores são as chances de acerto antes de consumir todos os seus recursos.

MVP não é produto mal acabado

Existe um grande equívoco no mercado: achar que MVP significa lançar um produto mal feito, repleto de falhas e sem cuidado. MVP não é sinônimo de “qualquer coisa improvisada”.

A realidade é que um MVP não é um produto, mas sim um experimento estruturado.

MVP: produto mínimo “vendável”

Na minha visão, um MVP de verdade precisa ser um produto mínimo vendável. Ou seja, algo que realmente resolva um problema e que alguém esteja disposto a pagar por isso.

Se ninguém está pagando para solucionar esse problema, então você não validou nada.

E aqui vai um alerta: MVPs gratuitos geralmente não validam a solução. Se as pessoas não estiverem dispostas a pagar, dificilmente terão um problema relevante.

Conclusão

O MVP não morreu em 2025, mas a abordagem equivocada para criá-lo, sim. O segredo está em mudar o foco da pressa para o aprendizado validado.

Se você quer que seu MVP funcione, pergunte-se:

  • O problema que estou resolvendo é legítimo?
  • Minha solução é minimalista e funcional?
  • Como vou mensurar o sucesso?

A partir daí, seu MVP deixará de ser uma “farsa” e se tornará um verdadeiro trampolim para o sucesso do seu produto.