Construir uma infraestrutura de inteligência artificial sustentável; fazer uma curadoria de dados de alta qualidade; e estabelecer medidas de proteção para a ética e a segurança. Esses são os três objetivos estratégicos para que governos, empresas e sociedade possam alcançar uma transformação bem-sucedida usando a IA.
Essa afirmação faz parte de um documento publicado recentemente pela consultoria KPMG, em colaboração com a Aliança de Governança de Inteligência Artificial do Fórum Econômico Mundial. O objetivo da publicação – chamada Blueprint for Intelligent Economies: AI Competitiveness through Regional Collaboration – é promover o desenvolvimento da tecnologia de forma inclusiva e mitigar a lacuna no acesso às inovações trazidas por ela.
“O documento busca auxiliar nações e regiões, independentemente do nível de maturidade de inteligência artificial, num cenário em que a adoção deste recurso continua sendo um desafio global e não há uma abordagem única para lidar com esses obstáculos”, diz Frank Meylan, sócio-líder de tecnologia, transformação digital e inovação da KPMG no Brasil e na América do Sul.
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O executivo defende estratégias nacionais ou regionais como ferramentas para a elaboração e a implementação de iniciativas da tecnologia. “Elas devem ser endossadas no mais alto nível para demonstrar um comprometimento com o sucesso a longo prazo”, diz.
De acordo com o documento, a criação de uma inteligência artificial equitativa requer envolvimento ativo dos usuários finais, empreendedores, empresas e governos. A participação de membros da academia e da sociedade civil também é indispensável para formação de talentos, desenvolvimento de economias e para reforçar a necessidade de marcos regulatórios para a segurança e ética no uso da IA.
“Essa cooperação é crucial para a criação de iniciativas e soluções que abordem as necessidades dos usuários e dos principais setores industriais, bem como para estimular o crescimento inovador. Além disso, outras iniciativas podem ser implementadas como os subsídios público-privados para ampliar o acesso a baixo custo, uso de bases de dados multilíngues, inclusivos e customizados de acordo com as necessidades apresentadas”, defende Ricardo Santana, sócio-líder de inteligência artificial da KPMG no Brasil.
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