O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 180 milhões para a Scala Data Centers, empresa que atua no mercado de data centers sustentáveis na América Latina. O valor, o maior já concedido pelo banco para o setor, será utilizado na compra e instalação de equipamentos de última geração.
Os recursos vêm do programa BNDES Máquinas e Equipamentos, que financia a aquisição de maquinário industrial, equipamentos de TI e automação, além de permitir a importação de itens indisponíveis no mercado nacional. Com esse financiamento, a Scala pretende expandir sua infraestrutura em cidades como Barueri, Campinas e Jundiaí (SP), Porto Alegre e Eldorado do Sul (RS), São João de Meriti (RJ) e Fortaleza (CE).
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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a ampliação da oferta de data centers no país é estratégica para o processamento, armazenamento e distribuição de dados. “Até 2030, estima-se que o volume de dados no mundo alcance 600 trilhões de gigabytes, o que demandará uma infraestrutura cada vez mais robusta”, disse.
A Scala opera atualmente com mais de 300 MW de capacidade instalada e um landbank de 11 milhões de metros quadrados distribuído em quatro países. O financiamento ajudará na expansão do Campus Tamboré, em Barueri, maior data center da América Latina, e na construção da Scala AI City, em Eldorado do Sul, projetada para suportar cargas voltadas ao treinamento e inferência de inteligência artificial.
Clayton Malheiros, CFO da Scala, afirmou que o financiamento se soma aos R$ 10 bilhões já investidos pela empresa. “Nosso objetivo é contribuir para a transformação digital do Brasil e posicionar o país como um protagonista global na revolução da IA”, disse.
José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, afirmou que o financiamento está alinhado à política industrial do governo federal, que prioriza investimentos em inovação e digitalização. “O Brasil, por ter uma matriz energética 90% limpa, é altamente competitivo no setor de data centers, que exige elevado consumo de energia”, disse.
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