A Amazon revelou nesta segunda-feira (31) o Nova Act, agente de inteligência artificial (IA) projetado para navegar pela internet de forma autônoma e executar tarefas simples em nome do usuário, como preencher formulários, agendar compromissos ou até pedir uma salada pelo site da Sweetgreen. A novidade marca a estreia pública do laboratório de AGI (Inteligência Artificial Geral) da empresa, recém-inaugurado em São Francisco, e liderado por dois ex-pesquisadores da OpenAI: David Luan e Pieter Abbeel.
Segundo reportagem do TechCrunch, junto com o agente, a Amazon também lançou o Nova Act SDK, kit de ferramentas voltado a desenvolvedores que desejam criar protótipos de aplicações com esse tipo de IA interativa. A versão atual, disponível a partir de hoje em nova.amazon.com, é considerada um “research preview”, ou seja, ainda está em fase experimental.
A iniciativa é uma resposta da Amazon à corrida dos agentes de IA promovida por rivais como OpenAI (com o Operator) e Anthropic (com o Computer Use). Empresas de tecnologia apostam que esse tipo de agente será a próxima evolução dos chatbots, tornando-os mais úteis ao permitir que atuem diretamente em ambientes digitais.
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Embora não seja a primeira a entrar nesse jogo, a Amazon pode ser a que mais rapidamente alcançará escala graças à integração com o Alexa+, versão turbinada do assistente de voz da empresa, que deve incorporar o Nova Act em breve. “Vemos os agentes como um passo essencial em direção à inteligência artificial geral”, afirmou David Luan ao TechCrunch. Ele define AGI como “um sistema de IA que pode fazer qualquer coisa que um humano faz em um computador”.
Nos testes internos divulgados pela Amazon, o Nova Act superou concorrentes. No benchmark ScreenSpot Web Text, obteve 94% de acerto, à frente do Claude 3.7 Sonnet, da Anthropic (90%), e do CUA, da OpenAI (88%). No entanto, a empresa ainda não submeteu o agente a avaliações amplamente adotadas no setor, como o WebVoyager.
Segundo Luan, o Nova Act SDK foi desenvolvido para oferecer confiabilidade na automação de tarefas curtas e simples, com ferramentas que permitem definir com clareza quando a intervenção humana é necessária. Isso ajudaria a mitigar um dos principais problemas dos agentes concorrentes: a dificuldade em operar de forma estável e independente por longos períodos.
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