A AMD divulgou nesta terça-feira (6) seus resultados do primeiro trimestre fiscal, superando as projeções do mercado com receita de US$ 7,44 bilhões e lucro ajustado por ação de US$ 0,96, acima das estimativas da LSEG, conforme reportado na CNBC.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo segmento de data centers, que cresceu 57% na comparação anual, liderado pela forte demanda por processadores Epyc e GPUs Instinct voltadas à inteligência artificial (IA).
Apesar dos números positivos, a AMD também gerou um alerta. Segundo a empresa, as restrições do governo dos EUA à exportação de chips avançados para a China devem representar uma perda de até US$ 1,5 bilhão em receita até o fim do ano fiscal. Só no trimestre atual, a previsão é de um impacto de aproximadamente US$ 700 milhões.
Durante a conferência com analistas, a CEO da AMD, Lisa Su, afirmou que, embora os ventos regulatórios estejam desafiadores, especialmente com os controles sobre os chips Instinct MI308X, os avanços em IA e a força do portfólio de produtos devem mais do que compensar essas perdas. “Continuamos vendo investimentos sólidos em infraestrutura de IA, mesmo diante das incertezas macroeconômicas e tarifárias”, disse Lisa.
Resultado por divisões
A divisão de data centers registrou US$ 3,7 bilhões em receita no trimestre, superando estimativas e se consolidando como principal motor de crescimento. A AMD também destacou que seus chips estão sendo usados por grandes desenvolvedores de modelos de IA generativa, como OpenAI e DeepSeek, tanto para treinamento quanto para inferência.
Já o segmento de Client e Gaming apresentou alta de 28%, com destaque para a linha de processadores Zen 5, lançada no ano passado, que impulsionou as vendas de chips para notebooks e PCs em 68%. Por outro lado, a receita com chips para consoles caiu 30%, afetando a performance da divisão de jogos.
A unidade de soluções embarcadas, derivada da aquisição da Xilinx em 2022, teve queda anual de 3%, totalizando US$ 823 milhões em vendas.
Mesmo com o impacto das restrições à China, os analistas apontam que a AMD reforça sua posição como segunda maior fornecedora de CPUs para servidores, atrás apenas da Intel, e como principal rival da Nvidia no mercado de GPUs para IA. A companhia já reportou vendas de US$ 5 bilhões em GPUs de IA no ano fiscal de 2024.
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