A Bitshopp, startup brasileira especializada em blockchain, transacionou US$ 1 milhão em seu primeiro dia de operação voltada para investidores estrangeiros. A expectativa é alcançar mais de US$ 30 milhões até o fim da iniciativa, que viabiliza, por meio de sua plataforma de tokenização, a negociação de bonds tokenizados –um tipo de título de dívida – emitidos para o setor imobiliário nos Estados Unidos.
A operação foi estruturada pela BWB Digital Assets, empresa especializada em desenvolver carteiras de investimentos alternativos com o objetivo de intermediar a negociação dos bonds tokenizados da Active LCA LLC, companhia focada em investimentos no mercado imobiliário e financeiro norte-americano. Por meio da plataforma da Bitshopp, que é 100% white label, o processo foi implementado em apenas um mês.
De acordo com Marcos Mocatino, fundador e CEO da Bitshopp, as transações dessa iniciativa utilizam stablecoins de USDC – criptomoeda atrelada ao valor do dólar americano – como moeda de liquidação, o que elimina riscos de volatilidade cambial e simplifica o processo de pagamento e liquidação dos ativos. “Por meio dessa tecnologia, investidores podem ter acesso a oportunidades de forma ágil, sem a burocracia dos mercados tradicionais”, afirma.
Após a iniciativa nos Estados Unidos, e seguindo sua estratégia de internacionalização, a Bitshopp também se prepara para viabilizar novas operações na Europa. A startup está avaliando a integração da plataforma com instituições financeiras para permitir a liquidação dos ativos tokenizados em moeda fiduciária estrangeira, ampliando o alcance da solução para investidores internacionais.
“Temos um espírito inovador e pioneiro, e acreditamos que um projeto de expansão estratégica precisa ser muito bem estruturado. Nosso foco é garantir que cada passo seja sólido, com os recursos necessários para alcançar o sucesso nessa nova fase, sem deixar de lado tudo o que estamos conquistando aqui no Brasil”, destaca Mocatino.
A empresa tem como objetivo expandir seu alcance para um público mais amplo e diversificado, além de fortalecer sua competitividade, impulsionando o crescimento e atraindo novos aportes. A startup também busca aumentar suas receitas ao realizar transações em dólar e euro, aproveitando a valorização dessas moedas.
Segundo Danillo Lisboa, CTO da Bitshopp, embora competir em mercados internacionais seja um desafio, as startups brasileiras de tecnologia financeira têm uma vantagem competitiva relevante, já que o país é reconhecido globalmente como referência em inovação no setor. “Enquanto as maiores potências mundiais estão focadas em inteligência artificial, o Brasil segue à frente em tecnologia para o mercado financeiro, e isso nos dá uma vantagem competitiva importante”, conclui.
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