Pela primeira vez, o tráfego de bots em sites de comércio eletrônico superou o de usuários reais. Segundo o Ecommerce Bot Threat Report 2025, da Radware, 57% dos acessos a lojas on-line durante a temporada de compras de 2024 vieram de bots automatizados, de simples scripts a agentes digitais impulsionados por inteligência artificial.
O crescimento alarmante dos bots tem implicações sérias para empresas e consumidores. Segundo o estudo, 60% dos bots atuais já conseguem simular o comportamento humano, usando técnicas como rotação de IPs, acesso via redes residenciais, navegação por aplicativos móveis e até fazendas de CAPTCHA para enganar sistemas de segurança. Isso significa que soluções básicas de proteção, como filtros convencionais ou bloqueios por geolocalização, já não são suficientes.
Os apps móveis se tornaram um dos principais alvos: o tráfego de bots nessas plataformas cresceu 160% entre 2023 e 2024.
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Esses bots usam emuladores e navegadores “headless” que imitam perfeitamente o comportamento dos usuários. Ainda mais preocupantes são os ataques multi-vetoriais, que combinam bots com explorações de vulnerabilidades conhecidas e ataques via APIs, não apenas para roubar dados, mas para tirar sites do ar.
“Bots maliciosos agora são agentes sofisticados, com IA embarcada e capacidade de superar defesas tradicionais. As empresas que dependem de medidas convencionais vão ficar cada vez mais expostas”, alerta Ron Meyran, VP de Inteligência de Ameaças da Radware.
Nesse contexto, só a adoção de soluções baseadas em inteligência artificial, com proteção DDoS e análise de tráfego em tempo real, pode conter essa nova geração de ameaças digitais. Para consumidores, isso representa não só risco de fraude, mas também instabilidade nas plataformas durante grandes campanhas e eventos promocionais.
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