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CEO da Nvidia pede que Japão amplie geração de energia para sustentar avanço da IA

By 22 de abril de 2025No Comments

Logo da Nvidia exibido na tela de um smartphone em destaque, com fundo verde e preto. Ao fundo, uma figura desfocada de Jensen Huang, CEO da Nvidia, usando uma jaqueta de couro. A composição sugere um evento ou apresentação da empresa, simbolizando inovação e tecnologia de ponta.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, se reuniu nesta segunda-feira (21) com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, para discutir a necessidade urgente de ampliar a geração de energia no Japão, a fim de atender às crescentes demandas da inteligência artificial.

Após o encontro oficial, Huang afirmou a jornalistas que “gerar e criar inteligência requer energia” e que o país precisará “construir uma nova infraestrutura” para sustentar esse avanço tecnológico, segundo reportou a Bloomberg.

Vestindo um raro terno azul e gravata, em vez de sua tradicional jaqueta de couro preta, Huang destacou o papel estratégico do Japão no cenário global de IA, graças à sua liderança histórica em robótica e manufatura industrial. Porém, alertou que a corrida global pela IA não pode ocorrer sem uma base energética robusta. “Energia é essencial para todo crescimento industrial”, afirmou.

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O Japão, com recursos naturais limitados, enfrenta um dilema: atender à voraz demanda dos data centers sem depender exclusivamente da reativação de usinas nucleares desativadas desde o desastre de Fukushima ou do aumento das importações de combustíveis fósseis caros.

Como parte de sua estratégia energética e diplomática, o governo japonês estuda investir em um projeto de gás natural liquefeito de US$ 44 bilhões no Alasca, em meio às negociações de um novo acordo comercial com os EUA, conforme já havia sinalizado Ishiba.

Onda de data certers

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a onda de data centers alimentados por IA, e o sistema de resfriamento intensivo que eles exigem, deve impulsionar o maior crescimento da demanda por eletricidade em anos. Huang reforçou que a IA está prestes a transformar todos os setores da economia, de saúde a agricultura, passando por educação e manufatura.

A visita ao Japão ocorre logo após Huang ter passado por Pequim, num momento de reviravoltas para a Nvidia. O governo dos EUA proibiu recentemente a empresa de vender seus chips de IA H20 para a China, uma linha de produtos que havia sido projetada especificamente para cumprir as restrições anteriores de exportação. A medida representa uma escalada na disputa tecnológica entre Washington e Pequim.

Na semana passada, a Nvidia alertou para uma baixa contábil de US$ 5,5 bilhões decorrente dessas novas sanções. Um comitê bipartidário da Câmara dos EUA também pediu que a empresa forneça informações sobre vendas de chips no Sudeste Asiático e na China, alegando que esses produtos podem ter ajudado a startup chinesa DeepSeek a desenvolver seu chatbot de alto desempenho.

A pressão geopolítica sobre a Nvidia cresce, assim como sua dependência de mercados globais, e de infraestrutura energética compatível, para sustentar sua liderança em inteligência artificial. No Japão, Huang tenta construir alianças e garantir as bases materiais para o que descreve como a nova revolução industrial da era da IA.

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