Skip to main content
Notícias

CEO da Vivo destaca 12 tendências de futuro na abertura do IT Forum Trancoso 2025

By 1 de maio de 2025No Comments

Christian Gebara, CEO da Vivo, no palco do IT Forum Trancoso 2025. Imagem PlayP Brasil

Na abertura do IT Forum Trancoso 2025, evento que reúne anualmente líderes da tecnologia e executivos de grandes empresas no sul da Bahia, o CEO da Vivo, Christian Gebara, apresentou um retrato ambivalente do Brasil conectado. Segundo ele, o país reúne as condições para ser protagonista da era digital, mas ainda falha no básico: acesso universal à tecnologia, letramento digital e equilíbrio no uso das telas.

“O Brasil é digital, mas desigual”, afirmou Gebara. “A gente passa nove horas por dia conectado, é o segundo país com mais pagamentos instantâneos do mundo, mas metade da população não sabe mandar um e-mail com anexo.”

A Vivo, controlada pelo grupo espanhol Telefónica, lidera o mercado brasileiro de telefonia com 41,3% de participação no pós-pago, 35% no pré-pago e 18,5% na banda larga por fibra. A empresa conecta 29 milhões de domicílios e atende 60 milhões de clientes em todo o país.

Leia também: De bailarina a líder em TI: a trajetória inspiradora de Flávia Picolo

Em sua fala, Gebara apresentou 12 tendências que, segundo ele, vão moldar os próximos anos da relação entre tecnologia, comportamento e negócios. Confira:

1. Década da desconstrução

“A vida linear — estudar, casar, ter filhos e comprar um imóvel — não é mais o desejo de muitos consumidores”, afirmou. “As conquistas mudaram, e a gente precisa entender esse novo olhar para a vida.”

2. Gerações interconectadas

“O digital uniu as gerações. O que antes era uma relação distante, hoje é um grupo de WhatsApp”, disse. “A influência deixou de ser vertical e passou a ser cruzada entre avós, filhos e netos.”

3. Backlash progressista

“Avançamos em pautas de diversidade, que a Vivo continua abraçando com força, mas vivemos também um mundo polarizado. O conservadorismo voltou com intensidade”, disse. “Como as empresas devem se posicionar nesse cenário?”

4. Armadilha dos pais

“É difícil saber quando e por quanto tempo deixar um filho com celular. É a armadilha de todos nós”, afirmou. “A segurança é um ganho enorme, mas a saúde mental também precisa ser considerada.”

5. Mudança de interface

“A gente vai falar com a inteligência artificial, e isso muda tudo”, disse. “Essa interface de voz vai transformar a forma como as pessoas interagem com empresas e serviços.”

6. Ciência para todos

“A internet trouxe a academia ao alcance de todos”, declarou. “Excluindo o que é falso, o conteúdo verdadeiro virou acessível e democrático.”

7. Comunidade como elo

“As pessoas se sentem mais à vontade dentro de suas comunidades”, afirmou. “Precisamos entender essas comunidades para saber o que elas esperam das nossas empresas.”

8. Rir como o melhor remédio

“O mundo está mais difícil, polarizado, com menos notícias boas. O humor virou ferramenta poderosa na comunicação com o público”, afirmou. “As pessoas procuram esse riso fácil.”

9. Acessibilidade integral

“O digital pode garantir acessibilidade a todos. E essa é uma responsabilidade de todos nós”, disse. “Fomos reconhecidos pela Anatel como a operadora mais acessível do setor, e queremos ir além.”

10. Natural da terra (futuro ancestral)

“Existe uma valorização crescente do que é essencial, do que é local”, afirmou. “A Vivo também acredita que uma empresa tecnológica precisa ser sustentável.”

11. Nostalmania — o passado presente

“Há uma tendência clara de valorização do passado. O que era retrô virou desejo”, disse. “O design, o comportamento e até as campanhas publicitárias estão sendo moldadas por esse sentimento.”

12. Brasil tipo exportação

“O Brasil se tornou referência em moda, música e cinema. O ‘Brazil core’ hoje é hype lá fora”, afirmou. “É o Brasil como estética e potência cultural.”

Conexão no limite

Ao final da apresentação, Gebara recorreu a uma metáfora técnica para ilustrar a exaustão digital. “Estamos chegando ao nosso erro 429 — limite humano de solicitações atingido.” Para ele, as empresas precisam reconhecer o impacto do excesso de conectividade e atuar no letramento digital da sociedade.

“É tempo de mudar seu tempo com o celular”, disse. E completou: “A responsabilidade de levar esse letramento também é nossa.”

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!