Otimização de custos a partir do uso de inteligência artificial e blockchain. Esse foi o “segredo” da CloudWalk para alcançar os resultados financeiros divulgados para 2024 esta semana. A companhia encerrou 2024 com R$ 2,7 bilhões em receita, um salto de 67% em relação ao ano anterior.
Entretanto, outro número destacado pela empresa dona da fintech InfinitePay foi o lucro líquido no período, que foi de R$ 339 milhões, três vezes maior do que o anotado no ano anterior. A fintech terminou 2023 com receita bruta de R$ 1,55 bilhão, alta de 41% sobre 2022.
Segundo o CEO e fundador da CloudWalk, Luis Silva, os números positivos são resultados do uso de inteligência artificial e blockchain em atividades-chave do negócio, como ofertas de crédito inteligente, pagamentos instantâneos e negociação automática de preços.
“Paralelamente, observamos uma adoção significativa do tap to pay, que transforma smartphones em terminais de pagamento gratuitamente”, diz Luis. “O resultado prático é que a base de empreendedores na InfinitePay no Brasil triplicou, atingindo 3 milhões no final de 2024.”
Em entrevista à Bloomberg internacional, Luis destacou que a fintech quadruplicou o número de agentes de IA integrados a processos de negócio – de 10 para 40 em um ano. Em meio a estes agentes, estão alguns que atendem ao público final – e tem até nome, como Claudio (atendimento ao cliente), Bela (vendas) e Agente 420 (marketing).
No Brasil, a empresa já tem 100% das cidades brasileiras atendidas pelo InfinitePay, totalizando a sua presença em 5.568 municípios. Contudo, no ano passado a companhia estreou nos Estados Unidos com o piloto do Jim.com, um app projetado para micro e pequenos empreendedores, que utiliza IA, tap to pay e pagamentos instantâneos. Após um piloto promissor, a empresa planeja ampliar sua presença para outras regiões dos EUA no início de 2025.
“Continuamos comprometidos em construir uma rede global de pagamentos. Depois do lançamento inicial, estamos prontos para acelerar nossa presença no mercado americano, mantendo nossa missão de oferecer soluções financeiras inovadoras a empreendedores e proprietários de negócios em todo o mundo”, conclui Silva.
Apesar de no ano passado ser envolvida em rumores de uma nova megarodada para impulsionar seus planos internacionais, Luis revelou que a companhia não tem planos de captar junto a investidores no momento, já que o fluxo de caixa vai bem, obrigado. Entretanto, o plano de um IPO não é descartado, e se isso rolar, será nos Estados Unidos.
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