A Coalize, startup catarinense especializada em soluções para gestão de departamento pessoal de pequenas e médias empresas (PMEs), recebeu R$ 3,2 milhões em rodada seed. O investimento foi feito por Urca Angels, Grão Venture Capital, Westwood Capital e Valora Ventures, além de Guilherme Bonifácio, cofundador do iFood, como investidor-anjo.
A empresa vai usar o aporte para ampliar sua atuação no mercado brasileiro. “Já atendemos clientes em todos os estados, mas nossa presença ainda é mais forte em São Paulo e Santa Catarina. Queremos chegar a cidades além das capitais e expandir para outras regiões, e a rodada seed vem justamente para isso”, diz Bárbara Welter, cofundadora da Coalize, em entrevista ao Startups.
Os planos também envolvem investimentos no produto, com foco especial nas PMEs que ainda fazem manualmente os processos burocráticos da gestão de pessoas. “Nosso produto já é completo, mas sempre há espaço para melhorias e mais otimização no dia a dia dos nossos clientes”, afirma a executiva.
Com mais de 3 mil clientes em todo o país, a Coalize foi fundada em 2020 por Bárbara Welter e Wellington “Jamal” Vitorino. A HRTech oferece uma plataforma SaaS que promete reduzir em até 85% o tempo gasto com tarefas do departamento pessoal, eliminando burocracias, automatizando atividades repetitivas e garantindo conformidade com a legislação.
“O que nos surpreendeu foi a retenção altíssima, que ficou evidente quando analisamos o produto e verificamos que é uma solução muito superior às da concorrência, sendo uma ferramenta simples de usar e que resolve dores claras dos empresários”, destaca Yuri Carvalho, investidor do Urca Angels e Sócio na Astoria Nomos M&A, em comunicado.
A solução simplifica rotinas como admissão e assinatura digitais, gestão de ponto, distribuição de holerites, controle de banco de horas e integração com a contabilidade, além de oferecer outras funcionalidades voltadas à otimização da gestão de pessoas no dia a dia das empresas.
A companhia também pretende ampliar os investimentos em inteligência artificial, sem abrir mão do atendimento humanizado. “Não vejo a IA como uma tecnologia para substituir o trabalho humano. Ela vem para otimizar tarefas, e é assim que usamos nas nossas aplicações. A legislação trabalhista brasileira é complexa, cheia de nuances, e é difícil para uma pessoa dominar todas as regras e acompanhar tudo o que acontece na empresa. A IA entra justamente para apoiar esse processo, reduzir erros e lidar com grandes volumes de informação”, explica Jamal.
“Conseguimos definir o product-market fit e construir uma plataforma que realmente entrega valor e resolve o problema dos nossos clientes”, destaca. Segundo o executivo, o faturamento da empresa dobrou no último ano, e a expectativa é quadruplicar o resultado nos próximos 18 meses, preparando a startup para uma série A. A Coalize já é uma empresa lucrativa e gera caixa desde janeiro de 2024.
“Identificamos um gap significativo na gestão de departamento pessoal em pequenas e médias empresas, uma função crítica que frequentemente carece da atenção e dos recursos necessários. A Coalize surge justamente para resolver essa dor com uma proposta de tecnologia de ponta”, pontua Sung Lim, CFO da Grão Venture Capital.
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