A JBS e seus parceiros anunciaram a doação de 3 milhões de tags para o rastreamento de rebanhos no Pará. A companhia também lançou um programa para apoiar os fazendeiros na implementação das tags, ambas as iniciativas visam escalar um projeto pioneiro que pode transformar a pecuária no Brasil. A meta é rastrear todo o rebanho de bovinos e búfalos do Estado até 2026, um desafio significativo, considerando que o Pará possui o segundo maior rebanho do país.
O anúncio foi feito durante o painel “De Davos a Belém: definindo o caminho do Brasil para uma indústria de gado sustentável e de baixo carbono”, no Fórum Econômico Mundial em Davos. O programa envolve uma coalizão entre governo, produtores, sociedade civil e indústria, e já apresenta resultados concretos no primeiro ano. “Juntos, somos agentes de transformação desta cadeia de suprimentos”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.
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Dos 3 milhões de tags, 2 milhões serão destinados a pequenos produtores, com metade do volume fornecido pela The Nature Conservancy (TNC), por meio de fundos do Bezos Earth Fund, que apoiou o lançamento do programa durante a COP28. O restante será fornecido pela JBS.
A JBS também introduziu o programa “Acelerador JBS”, que visa facilitar a adoção das tags por seus fornecedores indiretos. Além de doar 1 milhão de tags adicionais, o programa oferece todos os serviços necessários ao longo de 2025, para garantir que os produtores apliquem as tags corretamente. Equipes treinadas pela JBS e seus parceiros irão visitar as fazendas e realizar a aplicação com operadores credenciados pelo programa estadual.
O programa foi lançado oficialmente pelo governador Helder Barbalho durante a COP28, em Dubai, em dezembro de 2023. Desde então, o projeto conta com a participação de diversos órgãos governamentais, representantes da indústria e entidades da sociedade civil, com a JBS integrando o grupo desde o início.
Em 2024, a JBS já testou a tecnologia com um piloto de tagueamento em 28 mil cabeças de gado em Marabá e Redenção. Esse esforço ajudou a avaliar as necessidades tecnológicas e as exigências regulatórias do Conselho Gestor do programa, cujos aprendizados serão compartilhados com todos os participantes da coalizão para garantir a implementação bem-sucedida em larga escala.
Além disso, a JBS tem se dedicado à capacitação de operadores de rastreabilidade para garantir a leitura adequada das tags. Com seus Escritórios Verdes, a JBS também tem prestado assistência técnica, ajudando mais de 15 mil fazendas na região amazônica a se regularizarem, incluindo mais de 1.000 no Pará, que já se comprometeram a restaurar 6.500 hectares de floresta.
Em 2023, a empresa ampliou seus serviços de assistência técnica, oferecendo consultoria em gestão empresarial, cuidados com animais, nutrição, manejo de pastagens e práticas agrícolas regenerativas, impulsionando a transformação da pecuária na região.
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