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Com líderes de ‘big techs’ no Capitólio, Donald Trump toma posse nos Estados Unidos

By 20 de janeiro de 2025No Comments

Imagem de Donald Trump de terno azul-escuro e gravata vermelha em pé, ao lado de um púlpito com microfone. Ele está com uma expressão de leve sorriso e um fundo de bandeira dos Estados Unidos em destaque.

Donald Trump foi oficialmente empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos na tarde desta segunda-feira (20). O novo mandato do líder republicano promete ter impactos expressivos em áreas que afetam o mundo da tecnologia, seja no âmbito de regulamentações, novas tarifas que poderão ser implementadas ou questões relacionadas ao ESG.

Nesta gestão, Trump parece contar com o apoio massivo de líderes do setor de tecnologia. Nas semanas que antecederam sua posse, CEOs como Elon Musk, da Tesla e X, e Mark Zuckerberg, da Meta, realizaram encontros com o novo presidente para discutir temas importantes para o setor. Outros tantos fizeram doações ao fundo de posse de Trump, incluindo Google, Microsoft e Apple, representada por seu CEO, Tim Cook.

Nesta segunda-feira, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, o chefe da Meta, Mark Zuckerberg, o líder da Amazon, Jeff Bezos, e o CEO do Google, Sundar Pichai, estavam em assentos privilegiados no Capitólio, ao lado dos membros do gabinete de Trump, durante a cerimônia de posse.

Em seu discurso, o presidente sinalizou que as demandas do setor serão ouvidas. Trump mencionou a intenção de assinar um decreto para “trazer de volta a liberdade de expressão para a América”. A fala está alinhada à agenda de líderes como Musk e Zuckerberg, que criticam as estruturas digitais que coíbem discursos de ódio e a disseminação de notícias falsas, classificando-as como “censura”.

Leia também: Tarifas de Trump podem afetar consumo de TI nos EUA, diz S&P

No início deste ano, Zuckerberg também seguiu na mesma direção, encerrando programas de checagem de fatos e descontinuando filtros de conteúdo nas plataformas Instagram, Facebook e Threads, alinhando-se às diretrizes de Trump.

“Após anos de esforços federais ilegais e inconstitucionais para restringir a liberdade de expressão, assinarei uma ordem executiva para acabar imediatamente com toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão à América”, declarou Trump.

O presidente também apontou que sua gestão pretende implementar novas tarifas para o comércio internacional envolvendo os Estados Unidos. Ele mencionou a criação do External Revenue Service, que será responsável pela arrecadação de tarifas e taxas de fontes internacionais. Contudo, não fez menção direta ao setor de tecnologia.

Ainda não é certo quais serão as medidas tomadas por Trump, mas já há alguma preocupação no mercado em relação à possibilidade de novas tarifas de importação. Segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), as tarifas planejadas por Trump, incluindo aos insumos do setor de tecnologia, podem afetar o consumo desses produtos no país, apesar da demanda elevada. Isso inclui os específicos para o consumidor final, como PCs e smartphones, mas também a TI empresarial, disse a S&P em um relatório divulgado recentemente.

Recuo em ações de sustentabilidade

Questões ligadas à sustentabilidade também foram abordadas pelo novo mandatário norte-americano. Trump anunciou que irá declarar uma nova “emergência nacional energética” e afirmou que o país voltará a investir na extração de petróleo e gás para alimentar suas indústrias. Ainda sobre o tema, manifestou a intenção de “baixar os preços” de combustíveis fósseis, além de encher novamente as reservas estratégicas dos Estados Unidos e voltar a exportar energia estadunidense para todo o mundo. “Temos algo que nenhuma outra nação industrial jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra, e vamos usá-la”, afirmou.

Revogar o “Green New Deal” e suspender ações de incentivo à compra de veículos elétricos também estão entre os planos de Trump, assim como a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.

 

Trump fez ainda menção às Forças Armadas dos Estados Unidos. Em sua fala, apontou que sua gestão investirá em torná-las “as mais poderosas que o mundo já viu”, e apontou que deseja “reivindicar” o lugar do país como “a maior, mais poderosa e mais respeitada nação da Terra”. Suas ambições, aliás, não se limitam ao planeta Terra. “Perseguiremos o nosso destino manifesto até às estrelas, lançando astronautas americanos para plantar as [bandeira das] estrelas e listras no planeta Marte”, afirmou Trump, em um momento celebrado por Elon Musk na plateia.

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