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Com plano de €150B, Europa quer ter as suas “campeãs” da IA

By 10 de fevereiro de 2025No Comments
Europa também quer brigar no campo da IA
Europa também quer brigar no campo da IA

Na corrida da inteligência artificial, a impressão é que atualmente existem dois lados. De um, os Estados Unidos, com nomes como OpenAI, bancados por uma estratégia de US$ 500 bilhões anunciada recentemente por Donald Trump. De outro, os chineses, que causaram ondas no mercado com o lançamento do DeepSeek. Entretanto, a Europa também quer ser protagonista nesse cenário, e está preparando um plano de €150 bilhões para isso.

Durante o AI Action Summit, realizado esta semana em Paris, dezenas de grandes empresas, fundos de venture capital e startups europeias resolveram unir forças em torno da “EU AI Champions Initiative”, plano que prevê €150 bilhões em investimentos para empresas de IA no continente.

Liderada pelo fundo norte-americano General Catalyst, a iniciativa quer dar esse “empurrão” na inovação local, e planeja fazer isso a partir de regulações mais simples, maior investimento em infraestrutura e conscientização do público local para aumentar o entendimento e confiança nas novas tecnologias de IA.

Os apoiadores da iniciativa incluem o principal banco de investimento da Alemanha, o Deutsche Bank, a startup de defesa alemã Helsing, a francesa Mistral (uma das mais recentes “queridinhas” do cenário de IA) e o gigante sueco de streaming de música Spotify.

“Ao aproveitar o momento, trabalhar com maior intenção e abraçar uma colaboração profunda, a Europa pode aproveitar uma oportunidade geracional ao liderar a IA aplicada, integrando-a na nossa base industrial para aumentar a produtividade, a resiliência e a soberania económica”, disse Jeannette zu Fürstenburg, diretora-gerente e chefe da Europa na General Catalyst, em comunicado.

Mistral aposta na França

E por falar da Mistral, a companhia francesa anunciou um passo importante para se tornar uma potência com as próprias pernas: um grande data center em seu país natal. Com a mudança, a empresa reduzirá sua dependência de infraestrutura externa – atualmente, a Mistral treina seus modelos em data centers da Microsoft e AWS.

Segundo o site Sifted, a startup deverá investir “vários bilhões de euros” para ter sua infraestrutura. A startup, que desenvolve modelos generativos de IA, é vista como o maior nome da Europa na competição contra players dos EUA como a OpenAI. Aliás, em junho do ano passado, ela levantou portentosos US$ 660 milhões em uma rodada liderada pela General Catalyst.

Sobre seu plano de ter uma infraestrutura própria, a empresa disse num post no LinkedIn que a mudança “marca outro grande passo no fortalecimento da nossa independência”.

Em declarações ao canal de televisão francês TF1 durante o AI Action Summit, o cofundador e CEO da Mistral, Arthur Mensch, disse que a decisão permitirá à startup “ter controle sobre toda a cadeia de valor, desde a máquina ao software”. Mensch acrescentou que isso também permitirá que a Mistral tenha acesso à “melhor infraestrutura” (como chips de alto desempenho) para modelos melhores e mais eficientes.

Para completar, na semana passada o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que e o país e os Emirados Árabes Unidos investirão têm planos de construir um enorme centro de dados de IA na França, um investimento da ordem de 30 a 50 bilhões de euros.

Além disso, durante o evento que está rolando em Paris, a startup sueca evroc também quer construir um data center em hiperescala na França. Quem também quer investir no país é o fundo canadense Brookfield, que tem planos de investir €20B em infraestruturas de IA na França durante os próximos cinco anos.

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