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Dassault Systèmes mira na economia generativa ao evoluir plataforma 3DExperience 

By 25 de fevereiro de 2025No Comments

Pascal Daloz, CEO da Dassault Systèmes

A inteligência artificial (IA) está transformando as ferramentas de desenho assistido por computador (CAD) e modelagem 3D para engenharia de produtos. Mas o mundo virtual não se sobrepõe ao real – e o futuro está na combinação deles. Em 30 anos, a Dassault Systèmes se transformou, incorporou novas tecnologias e, agora, entra na sétima geração de sua plataforma, mirando no que chamou de economia generativa em 2040.

“Entendemos os desafios e estamos prontos para mudar o jogo novamente, conforme damos as boas-vindas à sétima geração da nossa família”, ressaltou Pascal Daloz, CEO da Dassault Systèmes, nesta segunda-feira (24), no palco do 3DExperience World 2025, evento anual da Dassault Systèmes dedicado à comunidade de usuários do SolidWorks e da plataforma 3DExperience, realizado em Houston, nos Estados Unidos.

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Daloz centrou sua palestra na plataforma recém-anunciada 3D Universe, que incorpora múltiplas tecnologias de IA generativa no núcleo do gerenciamento de ciclo de vida de propriedade intelectual (IPLM). “Chamamos de Universe porque realmente se trata de um universo que combina o físico e o virtual, conectando-os”, explicou.

“Há 30 anos criamos uma solução para tornar 3D acessível – e Solidworks é a prova de que o sonho foi possível”, contextualizou também na abertura do evento, Gian Paolo Bassi, vice-presidente-sênior da Dassault Systèmes. “Agora, vamos transformar como os produtos são manufaturados. O futuro se mostra muito interessante e não tem como falar de futuro sem falar de inteligência artificial”, continuou Bassi.

Economia generativa

O pano de fundo para o avanço na plataforma 3D Universe é a economia generativa, que, na definição da Dassault Systèmes, resulta da convergência da economia da experiência e da economia circular. Nesta economia baseada em ativos virtuais, a propriedade intelectual (PI) – fator crítico para a diferenciação – servirá como moeda.

Foi mirando essa visão que a companhia anunciou o 3D Universe, afirmando que a plataforma representa uma nova classe de representação do mundo: combina modelagem, simulação, evidências do mundo real e conteúdo gerado por IA em um ambiente industrial para integrar e simular gêmeos virtuais, além de treinar mecanismos multi-IA enquanto protege a propriedade intelectual dos clientes.

A plataforma 3DExperience foi lançada em 2012, sucedendo as soluções de design 3D de 1981, o 3D DMU (digital mock-up) de 1989 e o 3D PLM (product lifecycle management) de 1999. Em 2020, a empresa passou a focar em experiências de gêmeos virtuais de humanos e, agora, aponta a economia generativa como a tendência para 2024.

Nessa cronologia, o CEO assinalou que houve uma evolução de foco na indústria, passando da experiência para o humano e, agora, rumo à metamorfose. “Falamos de disrupção quando deveríamos falar de metaformose, porque não colocamos tudo que criamos no lixo, mas transformamos”, explicou.

O 3DUniverse decorre dessa evolução até chegar a um novo ambiente que combina gêmeos virtuais, treina mecanismos de IA e visa a proteger a propriedade intelectual. “IA é para todas as indústrias e resolve um monte de coisas. IA está no centro de como transformamos plataformas, deixando a soluções mais inteligentes e combinando com simulações e dados em tempo real”, acrescentou Pascal Daloz.

No evento, o CEO anunciou que a companhia está introduzindo novas categorias de inteligência artificial como experiência generativa e virtual companions – aplicativos alimentados por IA capazes de imitar conversas humanas e interagir com as pessoas. “Eles não estão aqui para te substituir, mas para te empoderar”, ressaltou.

*A jornalista viajou para Houston, nos Estados Unidos, a convite da Dassault Systèmes

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