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Do RS para o mundo: SAP Labs quer liderar inovação global a partir do Brasil

By 8 de abril de 2025No Comments

executivos da SAP Labs

No centro arborizado da SAP Labs em São Leopoldo, onde a churrasqueira divide espaço com centros de pesquisa, a inovação é tratada como prática diária, não como discurso institucional. Com 2.400 funcionários e operando como hub global da SAP na América Latina, o laboratório vem se firmando como peça estratégica no desenvolvimento de soluções corporativas, com ênfase em inteligência artificial e co-inovação com clientes da região.

Desde que foi criado, em 2006, o SAP Labs Latin America evoluiu de um pequeno centro de suporte para um dos principais polos de pesquisa e desenvolvimento da empresa no mundo. Hoje, responde por parte do core tecnológico da multinacional, com times dedicados ao desenvolvimento de produtos como Ariba e soluções de gestão de dados.

Segundo Dennison John, diretor-geral do SAP Labs na América Latina, a operação brasileira já não atua apenas para o mercado local. “Passamos a ser reconhecidos como um hub, porque entregamos inovação que impacta globalmente”, afirmou durante o SAP Labs Experience Tour*. Ele conta que o laboratório começou com 22 pessoas num espaço alugado dentro da Unisinos, no estilo “startup”. Hoje, são mais de 50 linhas de negócio sob o mesmo teto.

Leia também: O plano da SAP para fazer a inteligência artificial falar a língua dos negócios 

Pessoas em primeiro lugar

A aposta em programas de engajamento interno é um dos pilares da cultura do laboratório. Dois dos principais projetos são a InnoX, programa de cinco semanas em que equipes internas desenvolvem protótipos baseados em dores reais de clientes, e o Innovation Academy, que treina funcionários no ciclo completo da inovação, do diagnóstico à entrega. Ambos promovem não apenas capacitação técnica, mas também redes de relacionamento entre colaboradores.

“Tem gente que quer ir para desenvolvimento, mas ainda não trabalha com isso. É uma chance de praticar e se conectar com quem está em outra área”, diz Matheus Zeuch, CIO do SAP Labs.

Além dos programas internos, o laboratório também se articula com universidades, parques tecnológicos e startups. Os chamados “Exploration Boards” — grupos voluntários de pesquisa focados em temas estratégicos como IA, cibersegurança e sustentabilidade — funcionam como radar e força-tarefa para eventos com clientes. Um exemplo é o AI Day, organizado com foco na capacitação de times técnicos e de negócios.

O laboratório também ganhou visibilidade após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023. Parte das instalações foi transformada em abrigo temporário para famílias desalojadas. Em paralelo, a SAP liderou a reconstrução de seis escolas na região, com doações de funcionários e apoio logístico da empresa. A experiência foi documentada para servir de guia em futuras crises.

“Mais do que um centro de pesquisa, somos um lugar onde se forma gente”, afirma Adriana Kersting, diretora de RH da operação. Ela destaca os programas de estágio como principal porta de entrada para novos talentos, com 73% dos participantes do iXp, o programa de estágio tradicional, são efetivados.

A diversidade é outro ponto enfatizado. Atualmente, 34% da força de trabalho é composta por mulheres, das quais 27% ocupam cargos de liderança. Há funcionários de 20 nacionalidades e programas específicos voltados a públicos como pessoas com deficiência, neurodivergentes e comunidades LGBTQIA+.

Reconhecido como o melhor local para se trabalhar em TI no Brasil pelo Great Place to Work, o SAP Labs tem mantido índices de engajamento acima de 80%. Mas seus líderes afirmam que ainda há espaço para crescer. “Inovação não é só criar algo novo, é também remover obstáculos que impedem as boas ideias de avançarem”, resume o diretor de inovação.

*A jornalista viajou a convite da empresa

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