Uma plataforma capaz de calcular o risco de falência ou dificuldades de uma empresa: essa é uma das propostas da Accordia, startup mineira que se define como uma “M&A Tech”, ou seja, especialista em processos de fusão e aquisição. O chamado “Termômetro de Insolvência” é baseado em inteligência artificial e, segundo a companhia, analisa indicadores financeiros e contábeis para avaliar a saúde financeira de um negócio, antevendo risco de falência com até 24 meses de antecedência.
“Ter um mecanismo de alerta prévio é essencial para qualquer investidor ou empreendedor que busca segurança e previsibilidade. A diferença entre um investimento bem-sucedido e um prejuízo irreversível muitas vezes está na capacidade de identificar riscos antes que eles se concretizem”, diz em comunicado Franklin Tomich, fundador e CEO da Accordia.
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Segundo especialista, uma falência não costuma acontecer de repente – há sinais prévios que podem passar despercebidos, seja por análises insuficientes ou pela falta de ferramentas adequadas para detectar padrões de risco. Empresas de fusões e aquisições, fundos de private equity (patrimônio privado), de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e instituições financeiras enfrentam desafios ao avaliar riscos antes de conceder crédito, comprar participações ou antecipar recebíveis.
A ideia do termômetro da Accordia é processar informações contábeis, aplicar modelos estatísticos e aprendizado de máquina para detectar padrões que historicamente precedem uma falência. A ferramenta “aprende” com dados históricos de empresas insolventes e solventes para fornecer uma nota de risco de insolvência.
Na prática
Segundo a startup, a análise é feita online “de forma simples”. O usuário faz o upload dos balanços da empresa, e a plataforma aplica técnicas de aprendizado de máquina para padronizar os dados contábeis, compará-los com históricos de outras empresas analisadas e então gerar um diagnóstico com um “score” de risco, destacando fatores críticos que podem comprometer a continuidade do negócio.
“Ter sinais de forma precoce pode definir o futuro de um negócio ou investimento”, diz o CEO. Mais de 75% das empresas que entram em recuperação judicial não conseguem se reerguer, de acordo com o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
O termômetro promete ajudar tanto assessores de M&A na avaliação de riscos em operações de fusões e aquisições, quanto fundos FIDC na validação da qualidade dos recebíveis e mitigação de riscos. Já para private equity e investidores, na alocação estratégica de capital. Em bancos e instituições financeiras, a capacidade de pagamento antes da concessão de crédito.
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