É praticamente uma unanimidade: 96% das empresas do mundo estão planejando, ou já desenvolvendo, plataformas próprias para o consumo de inteligência artificial. É um projeto de longo prazo, que gera frutos entre dois e cinco anos, e que pode ser viabilizado por meio de uma “fábrica de IA” da própria empresa ou consumindo modelos corporativos como serviço.
É o que revela um relatório recente divulgado pela F5, provedora de soluções de segurança cibernética, o State of Application Strategy 2025. A pesquisa ouviu 650 líderes de TI e cibersegurança do Brasil e do mundo, em empresas de diversos setores.
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“No Brasil esse movimento ainda é inicial, com grandes bancos e organizações com foco em inovação como Qinv, Linx, Veloe, Finansystech e Totvs criando seus modelos de IA. É um avanço inevitável, que alterará o quadro de dependência e vulnerabilidade das empresas às plataformas públicas de IA como ChatGPT e OpenAPI”, diz em comunicado Vinicius Miranda, gerente de soluções de engenharia da F5 para a América Latina.
Segundo ele, trata-se de um processo complexo, com inúmeras fases de testes. E que as empresas esperam conseguir um modelo de IA híbrido que facilite a vida de clientes, parceiros e colaboradores.
Obstáculos
É claro que falar é mais fácil que fazer. 54% dos entrevistados disseram não contar com um time com as habilidades necessárias para desenvolver o modelo próprio de IA, e 48% se preocupam com as inconsistências dos dados – há dúvidas sobre as informações que alimentam essas plataformas.
Os mesmos 48% afirmam ter problemas de orçamento, e 39% ainda não estabeleceram uma prática escalável de dados. E, finalmente, 34% não confiam nos resultados gerados pelo modelo IA por causa de desvios (bias) e alucinações.
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