
*Por Emilia Minieri, Innovation & Sustainability Manager da Mangue Tech, startup membro do Cubo Itaú
A inovação e o ESG deixaram de ser um diferenciais e passaram a ser elementos essenciais na transformação de empresas frente aos desafios contemporâneos. Em um cenário global pressionado por mudanças climáticas, desigualdades sociais e exigências por transparência, startups e grandes corporações que integram inovação e responsabilidade socioambiental emergem como líderes do novo paradigma de desenvolvimento sustentável.
Dados da Liga Ventures apontam que, só em 2024, as startups brasileiras captaram mais de R$ 13,9 bilhões em investimentos 42% destinados a soluções baseadas em inteligência artificial com potencial de impacto ESG (Liga Ventures, 2024). Este número demonstra como a inovação e ESG têm atraído atenção de investidores atentos à nova economia, em que propósito e desempenho caminham juntos.
Desde soluções para rastreabilidade de carbono até tecnologias para economia circular, as chamadas ESGTechs vêm desempenhando papel fundamental na viabilização de práticas sustentáveis. Segundo a Safira Energia, o Brasil desponta como polo estratégico para essas startups, principalmente por sua matriz energética limpa e pela realização da COP 30 no país, o que coloca o tema em alta na agenda corporativa.
No entanto, o crescimento deste ecossistema ainda enfrenta entraves. De acordo com estudo do Pipe.Social, 36% das startups de impacto consideram a captação de recursos o maior obstáculo para escalar suas soluções. É nesse contexto que a inovação e ESG precisa ser também institucional, com modelos de fomento mais acessíveis, editais direcionados e parcerias público-privadas que ampliem o alcance dessas iniciativas.
A atuação conjunta entre grandes empresas e startups tem acelerado essa integração. Fundos vêm direcionando recursos significativos a soluções ligadas à descarbonização, eficiência energética e inovação social. Esse movimento também fortalece o Corporate Venture Capital (CVC) como uma alavanca para que corporações incorporem inovação e ESG de forma estruturada e escalável.
Ao analisar o panorama de 2025, é evidente que a inovação e ESG serão cada vez mais a bússola estratégica de organizações comprometidas com um futuro regenerativo. Em vez de apenas cumprir metas regulatórias, empresas inovadoras estão redesenhando seus modelos de negócio com foco em impacto positivo. E, nesse processo, startups continuam sendo os laboratórios vivos onde soluções ousadas, escaláveis e eficientes nascem e se tornam referência para todo o mercado.
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