O governo iraniano afirmou ter impedido um ataque cibernético de grande escala contra sua infraestrutura crítica. Segundo autoridades, a ofensiva descrita como, uma das mais “complexas e disseminadas” já registradas no país, foi neutralizada por equipes técnicas do governo, sem maiores detalhes divulgados sobre os alvos específicos ou a origem da tentativa de invasão.
O anúncio foi feito por Behzad Akbari, chefe da Companhia de Infraestrutura de Telecomunicações do Irã, em declaração à agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária Iraniana.
Em publicação na rede X (antigo Twitter), Akbari afirmou: “Pela graça de Deus e com os esforços das equipes de segurança e técnicas da Companhia de Infraestrutura de Comunicações e do Ministério das Comunicações, identificamos ontem um dos mais amplos e complexos ataques cibernéticos contra a infraestrutura do país, e medidas preventivas foram tomadas.”
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Apesar do alerta, o governo não divulgou evidências concretas nem apontou publicamente quem estaria por trás do ataque. A ausência de informações detalhadas, no entanto, não é incomum em contextos de cibersegurança ligados a interesses estatais, especialmente em regiões marcadas por tensões diplomáticas.
O incidente acontece logo após uma explosão no porto de Shahid Rajaei, o maior do Irã, que deixou ao menos 28 mortos e centenas de feridos. Até o momento, não há indícios de que os dois eventos estejam relacionados.
Essa não é a primeira vez que a infraestrutura digital iraniana sofre tentativas de comprometimento. Em 2023, uma ofensiva coordenada atingiu cerca de 70% dos postos de combustíveis do país, gerando caos no abastecimento. Na ocasião, o governo atribuiu o ataque ao grupo hacker “Predatory Sparrow“, que Teerã alega ter ligações com Israel.
A ofensiva mais recente reforça um cenário global cada vez mais marcado pela militarização do ciberespaço. Setores essenciais como energia, telecomunicações, transporte e água tornaram-se alvos estratégicos em disputas entre Estados e atores patrocinados por governos. Quando atacados, esses sistemas não apenas geram interrupções operacionais, mas colocam em risco a vida de milhares de pessoas.
*com informações do Middle East Eye
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