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Ana Carla Martins Netto, diretora-geral comercial da Iron Mountain Brasil, sorri em frente ao logotipo da empresa. Ela veste camisa branca e colar de pérolas, com luzes desfocadas ao fundo criando um ambiente moderno e acolhedor.

Uma das empresas mais tradicionais em gestão da informação no mundo, a Iron Mountain vive um novo capítulo no Brasil, e ele é guiado por dados, tecnologia e inteligência. Com mais de 70 anos de história global, a companhia que já foi conhecida apenas pelo armazenamento de documentos e ativos físicos, já faz um tempo se apresenta ao mercado como uma empresa de tecnologia, com soluções avançadas para extração de valor a partir de dados físicos e digitais, utilizando inteligência artificial (IA), APIs, automação de processos e osquestração de dados.

Por aqui, no centro dessa transformação está Ana Carla Martins Netto, diretora-geral comercial da Iron Mountain Brasil há um ano. Vinda do setor de tecnologia, ela confessa que não conhecia a fundo a companhia antes do convite de embarcar na jornada de liderança da empresa.

“Quando me abordaram, eu não entendia a conexão. Mas me disseram: ‘somos uma empresa de tecnologia e ainda não comunicamos isso como deveríamos’. Esse foi o ponto de virada para mim”, contou ao IT Forum em entrevista exclusiva.

Do físico ao digital

A nova fase é simbolizada pelo lançamento global da nova plataforma digital, que teve o Brasil como a primeira região do mundo a operar a solução. A ferramenta atua como um orquestrador de dados e documentos, físicos ou digitais, permitindo que empresas conectem sistemas existentes, automatizem fluxos e tomem decisões mais precisas com base em dados estruturados e desestruturados.

“Conseguimos interagir com documentos, interpretar seu conteúdo, aplicar regras de negócio e sugerir decisões, tudo com apoio de IA e APIs inteligentes. É um avanço enorme na forma como a informação é gerida”, explica Ana.

A aplicação é prática. Em um cliente do setor de RH, que não teve seu nome revelado pela executiva, a plataforma é capaz de identificar documentos faltantes para liberação de benefícios, validar regras de elegibilidade e até sugerir a concessão ou não de um benefício, com relatório explicativo. “Trata-se de uma solução com impacto direto em produtividade, compliance e agilidade”, diz Ana Carla.

Brasil na vanguarda e os números por trás da transformação

O Brasil tem sido um exemplo para outras regiões da Iron Mountain, especialmente no avanço da área digital. A receptividade da plataforma tem sido alta, garante ela. Durante o IT Forum, evento do setor, Ana Carla conta que “não houve um cliente que não saiu com projeto em andamento”.

Dados reforçam o momento. Segundo uma pesquisa global encomendada pela Iron Mountain e conduzida pelo Financial Times Longitude, 45% das empresas brasileiras afirmam que a principal prioridade nos próximos 12 meses é gerar dados prontos para uso em estratégias de IA. E quando o assunto é gestão de dados desestruturados, 30% das empresas brasileiras classificam como essencial para atingir metas estratégicas, o dobro da média global.

Além disso, 60% dos respondentes no Brasil relataram ganhos de produtividade entre 10% e 20% com o uso de sistemas de gestão de informação, 23 pontos percentuais acima da média global.

Segurança e diversidade

A segurança da informação continua sendo pilar essencial da Iron Mountain, garante a executiva. “Achei que já tivesse visto segurança de verdade na minha carreira, mas nada como aqui. É um DNA. Tudo é construído em torno disso”, afirma ela, que tem passagens por grandes empresas de tecnologia e data centers.

Além da digitalização, Ana Carla destaca outra prioridade: diversidade e liderança feminina. Matemática de formação, ela atua como mentora de mulheres em tecnologia. “É um caminho sem volta. Diversidade é oportunidade e inteligência de negócio. Precisamos ocupar os espaços com consciência e apoiar outras mulheres.”

Com quase 3 mil colaboradores no Brasil, a Iron Mountain ainda planeja expandir o uso da nova plataforma e fortalecer linhas de negócio como Asset Lifecycle Management (ALM). No radar de médio prazo está a ambição de trazer ao país uma operação de data centers, já madura em outras regiões do mundo.

Futuro da Iron Mountain é ainda mais digital

A Iron Mountain encerrou 2024 com receita global de US$ 6,1 bilhões e crescimento de 11% ano a ano, o que levou à revisão positiva das projeções de 2025. “Queremos tornar o Brasil referência global, não só em adoção da plataforma, mas também como hub de inovação e desenvolvimento de soluções SaaS”, projeta Ana Carla.

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