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Silhuetas de pessoas sentadas à volta de uma mesa de reunião, em frente ao logótipo da Apple em destaque ao fundo, com um gráfico desfocado ao fundo sugerindo contexto financeiro ou empresarial.

Uma nova decisão da Justiça determinou que a Apple tem 90 dias para abrir as suas lojas para apps externos e liberar sistemas de pagamentos alternativos no Brasil. A determinação veio do desembargador federal, Pablo Zuniga, do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1) e restabelece uma medida preventiva solicitada pela Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) contra a big tech.

Em novembro do ano passado, o órgão havia feito o pedido a partir de uma investigação aberta após denúncia da Mercado Livre, gigante do comércio eletrônico na América Latina. A medida tem como objetivo criar uma forma de evitar a consolidação de práticas que configuram potencial abuso de posição dominante.

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Atualmente, a Apple cobra uma taxa que varia de 15% a 30% em compras feitas dentro da sua plataforma. Em sua defesa, a empresa alega que seu sistema é seguro e facilita, inclusive, o cancelamento de compras. Sobre apps fora da loja, a big tech afirma que a abertura poderia criar o ambiente para a proliferação de aplicativos pornográficos, de distribuição de pirataria e de vírus.

A decisão da Justiça brasileira ocorre após os EUA exigirem liberação de sistemas de pagamentos alternativos sem taxas. Em seu país de origem, a companhia cobrava uma taxa de 27% mesmo em lojas feitas fora da App Store. A Apple cumpriu a determinação, porém recorrer na justiça estadunidense.

Durante o processo, a Advocacia-Geral da União (AGU) mencionou que a Apple é alvo de investigações em várias partes do mundo por motivos semelhantes. O órgão cita ações contra a gigante da tecnologia na União Europeia, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Coreia do Sul.

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