Em 2025, a inclusão de mães no mercado de trabalho segue como desafio para a maior parte das empresas brasileiras. Levantamento da Catho, plataforma de empregos, mostra que 63,3% das companhias não oferecem programas estruturados de apoio a gestantes ou mulheres com filhos.
Segundo o estudo, apenas 15% dos profissionais afirmam atuar em organizações com iniciativas específicas voltadas a esse público. Entre os benefícios citados como mais comuns estão horário flexível (18,9%), salário-família (17,5%) e plano de saúde para dependentes (16,6%).
A ausência de políticas institucionais contribui para a dificuldade de retenção e desenvolvimento de mães no ambiente corporativo. “Incluir mães vai além da contratação. É necessário garantir condições para que elas se desenvolvam e conciliem responsabilidades”, afirma Christiana Mello, diretora da Catho.
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O levantamento também aponta aumento na resistência à contratação e promoção de mulheres com filhos. Em 2025, 36,9% dos entrevistados relataram ter presenciado objeções da liderança nesses processos — em 2024, o índice era de 33%.
A pesquisa reforça um cenário de estagnação nas políticas de diversidade de gênero. Estudos internacionais, como os da consultoria McKinsey, indicam que empresas com maior diversidade têm até 25% mais chances de obter desempenho financeiro acima da média.
Para especialistas, medidas como flexibilização de jornada, reintegração pós-licença e capacitação contínua são caminhos para ampliar a presença feminina. A superação de barreiras, no entanto, também passa por mudanças culturais. “É preciso combater os vieses inconscientes que ainda determinam decisões de contratação e promoção”, diz Christiana.
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