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Esta é uma fotografia de um edifício moderno com uma fachada envidraçada, refletindo o céu azul com algumas nuvens brancas. O logótipo da empresa "Meta", com o ícone de infinito em azul e o texto preto "Meta", está visível na parte superior do edifício. A arquitetura apresenta um design curvado e elegante. A luz solar brilha suavemente no vidro, criando reflexos que dão uma sensação futurista. No canto inferior esquerdo, uma cerca preta é parcialmente visível.

A Meta acaba de anunciar um acordo inédito para garantir sua transição energética, e ao mesmo tempo, manter viva uma usina nuclear que estava prestes a fechar. Em parceria com a Constellation, empresa do setor elétrico norte-americano, a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp vai financiar a operação da Clinton Clean Energy Center, localizada em Illinois, pelos próximos 20 anos. A informação foi revelada nesta terça-feira (3) pelo The Verge.

A usina, licenciada originalmente em 1987, deveria ser encerrada em 2017 em razão de anos de prejuízo financeiro. Um incentivo fiscal estadual permitiu que continuasse funcionando até 2027, mas sem garantias além disso, até agora. O acordo com a Meta dará fôlego financeiro à planta, que também será modernizada para aumentar sua capacidade em 30 megawatts, chegando a 1.121 MW, energia suficiente para abastecer cerca de 800 mil residências.

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Usina nuclear ganha vida com apoio da IA

Esse é o primeiro contrato de compra de energia nuclear da Meta, modelo comum no setor de renováveis, no qual empresas adquirem “atributos de energia limpa”, certificados que representam os benefícios ambientais da geração de energia sem carbono.

A Meta não revelou o valor da operação nem a quantidade de energia ou créditos adquiridos, mas o suficiente para manter 1,1 mil empregos locais e estender a vida útil da usina até pelo menos 2047.

De acordo com a The Verge, a iniciativa faz parte de uma tendência crescente entre gigantes da tecnologia, que enfrentam o desafio de alimentar seus crescentes data centers de IA sem aumentar suas emissões de carbono. Só em 2024, Microsoft firmou acordo semelhante com a própria Constellation para tentar reativar o reator de Three Mile Island. Amazon e Google também investem no desenvolvimento de pequenos reatores modulares.

Apesar disso, o mais recente relatório de sustentabilidade da Meta mostra que sua pegada de carbono tem aumentado desde 2019, principalmente por causa da demanda energética gerada pela IA. A empresa diz que pretende atingir emissões líquidas zero até 2030.

Novo mapa energético do Vale do Silício

Além de manter usinas em operação, a Meta também está avaliando mais de 50 projetos nucleares nos Estados Unidos, e já está em negociações finais com uma lista reduzida. A expectativa é contratar entre 1.000 MW e 4.000 MW de nova capacidade até o início dos anos 2030. A Constellation, por sua vez, estuda desenvolver um reator nuclear avançado no próprio local da usina Clinton.

Em paralelo, a Meta enfrenta críticas por outro projeto: a construção de seu maior data center, em Louisiana, que deve demandar três novas usinas a gás natural para funcionar. A tensão entre o crescimento da IA e a sustentabilidade da matriz elétrica expõe o paradoxo do setor: a tecnologia que promete otimizar o mundo pode ser também uma das que mais consomem recursos.

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