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Uma fotografia mostra um homem sorridente com cabelo encaracolado e óculos, vestido de forma casual, com uma camisa preta estampada com um texto colorido. Ao lado dele, parcialmente visível, está o logótipo da empresa "Meta" sobre um fundo branco. A imagem combina o rosto do homem em destaque e o nome da empresa em plano de fundo.

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, planeja lançar até o fim de 2026 uma plataforma de inteligência artificial (IA) capaz de criar anúncios completos: da imagem ao texto, do vídeo à segmentação. A iniciativa promete revolucionar o setor publicitário e já provocou turbulência nas ações das maiores agências de marketing do mundo.

Segundo informações do The Guardian, a nova ferramenta, ainda em desenvolvimento, permitirá que marcas insiram uma imagem de produto, definam o orçamento da campanha e deixem o restante nas mãos da IA da Meta. Isso inclui produção criativa automatizada e direcionamento inteligente, com base em variáveis como localização geográfica e comportamento do usuário.

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Agências sob pressão

A promessa é atrativa, principalmente para pequenos e médios anunciantes que não têm acesso a grandes agências ou departamentos internos de marketing. Ao facilitar o acesso à publicidade automatizada, a Meta pode expandir ainda mais seu faturamento com anúncios, que já ultrapassa US$ 160 bilhões anuais.

A disrupção, contudo, preocupa. Logo após a divulgação da novidade, empresas como WPP, Publicis Groupe e Havas registraram quedas nas ações, reflexo direto do temor de desintermediação. Afinal, com a IA assumindo as funções de criação, planejamento e compra de mídia, o papel tradicional das agências fica ameaçado.

Nova era da publicidade?

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já havia descrito a evolução dos anúncios com IA como uma “redefinição da categoria”. A empresa projeta investir entre US$ 64 bilhões e US$ 72 bilhões em 2025, principalmente em infraestrutura de IA. A ideia é consolidar sua liderança no setor e manter relevância em meio à corrida das big techs por automação inteligente.

Apesar da movimentação, a Meta insiste que não pretende eliminar as agências do jogo. Em publicação recente no LinkedIn, Alex Schultz, CMO da empresa, afirmou que a IA deve liberar tempo e recursos para que agências e marcas foquem na criatividade de alto valor, ao invés de tarefas operacionais. Segundo ele, a automação deve ser vista como uma aliada, e não como uma substituta total.

No entanto, Schultz também reconheceu que a tecnologia pode “nivelar o campo de jogo”, beneficiando empresas menores que não têm como contratar uma agência nem tempo para elaborar campanhas complexas. A ideia é democratizar o acesso à publicidade inteligente, colocando IA ao alcance de todos.

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