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Microsoft fecha acordo com CO280 para remover 3,7 milhões de toneladas de carbono

By 14 de abril de 2025No Comments

Placa externa da sede da Microsoft em um dia ensolarado, exibindo o logotipo da empresa com o símbolo de quatro quadrados coloridos (laranja, verde, azul e amarelo) à esquerda e o nome 'Microsoft' em letras brancas à direita. Ao fundo, folhagens e um prédio de vidro desfocado.

A Microsoft comprou 3,7 milhões de toneladas de créditos de remoção de carbono da startup CO280, segundo informações do TechCrunch. O volume é suficiente para compensar 12 anos de emissões da primeira planta da CO280, que deve começar a operar em 2028 em uma fábrica de papel localizada na costa do Golfo, nos Estados Unidos.

O movimento se alinha à meta pública da Microsoft de se tornar uma empresa carbono-negativa até o fim desta década, removendo da atmosfera mais gases de efeito estufa do que emite. Em 2023, a empresa registrou a emissão de 17,1 milhões de toneladas de CO₂, e desde então vem intensificando a compra de energia renovável e selando acordos para remoção de carbono como forma de compensação.

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De acordo com a reportagem, o projeto com a CO280 é o primeiro de uma série de 12 iniciativas planejadas pela startup. Jonathan Rhone, CEO e cofundador da empresa, contou ao TechCrunch que viu uma oportunidade evidente ao integrar tecnologias de captura de carbono à indústria de celulose e papel, que libera cerca de 100 milhões de toneladas de CO₂ biogênico por ano.

A captura será feita com tecnologia da SLB Capturi, joint venture entre a SLB (ex-Schlumberger) e a norueguesa Aker Carbon Capture. O sistema será instalado na caldeira de recuperação da fábrica, equipamento que libera carbono originalmente absorvido pelas árvores durante o crescimento. A lógica do projeto é capturar esse CO₂ antes que ele seja devolvido à atmosfera, transformando um processo natural em uma solução climática.

Segundo a CO280, o carbono capturado será transportado por um oleoduto de cerca de 64 quilômetros até um aquífero salino, onde será armazenado de forma permanente. Nessa primeira fase, o sistema deve remover cerca de 40% das emissões biogênicas e 30% do total de carbono da planta. A empresa já planeja uma segunda etapa, que poderá dobrar esses índices.

O projeto será desenvolvido em modelo de sociedade com as fábricas, que também terão participação nas receitas geradas pela venda dos créditos, hoje cotados a aproximadamente US$ 200 por tonelada. A iniciativa também se beneficia de incentivos fiscais previstos na Lei de Redução da Inflação dos Estados Unidos, o que reduz ainda mais o custo final para os compradores.

Essa não é a primeira grande venda da CO280. A startup já havia negociado créditos com a Frontier, iniciativa apoiada por empresas como Stripe, Google, Shopify e Meta para fomentar o mercado emergente de remoção de carbono.

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