Conciliar carreira, família e, principalmente, maternidade é algo recorrente na vida de muitas mulheres e, com a chegada do Dia das Mães, no dia 11 de maio, o debate se aprofunda. Sabemos que, ao falar sobre o tema , é comum que o foco recaia apenas sobre os desafios. No entanto, o que muitos ainda não percebem é que a capacidade das mulheres de conciliar múltiplas responsabilidades pode ser um grande diferencial no ambiente de trabalho.
Um estudo do Federal Reserve Bank de St. Louis analisou cerca de 10 mil mulheres ao longo de 30 anos e descobriu que aquelas com pelo menos dois filhos são as que apresentaram níveis mais altos de produtividade em comparação às mulheres sem filhos.
Isso porque a maternidade potencializa habilidades como escuta, empatia, inteligência emocional, foco e resiliência. E as empresas, no final das contas, ganham uma profissional que enfrenta desafios diários com calma, encontra soluções rápidas para problemas inesperados, mantém o compromisso com o futuro, tem um senso de responsabilidade reforçado e uma capacidade prática de execução.
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Os desafios da maternidade ajudam a fortalecer a busca por equilíbrio em situações complexas, o que se reflete diretamente na forma como profissionais se posicionam no ambiente corporativo, com mais segurança e visão de futuro trazendo mais produtividade e performance para a empresa.
Para que as soft skills dessas profissionais sejam potencializadas é importante destacar o papel da liderança em garantir que as vozes daquelas que também são mães sejam ouvidas. Desde uma reunião estratégica, estruturada com foco e clareza para garantir que todos tenham a oportunidade de participar, até o zelo em manter uma rotina de escuta ativa, cada um desses recursos são extremamente válidos para garantir um ambiente igualitário, colaborativo e inclusivo.
Os feedbacks também ganham importância como ferramenta para reforçar a segurança psicológica das mulheres no ambiente corporativo. Quando conduzido com empatia e propósito, a prática se torna uma boa aliada para o desenvolvimento profissional. Isso não apenas torna o ambiente mais acolhedor, como também eleva a produtividade das equipes, que se sentem mais seguras e motivadas a contribuir.
Para os líderes que desejam promover uma cultura de participação mais igualitária, o primeiro passo é ouvir e o segundo é agir com base no que foi ouvido, ajustar práticas, revisar posturas e reconhecer pontos nos quais ainda há barreiras silenciosas. Incentivar a participação ativa, garantir que todos tenham espaço e criar uma atmosfera de confiança deve ser um compromisso contínuo em qualquer setor.
A experiência da maternidade amplia o repertório e refina a atuação das colaboradoras. O equilíbrio entre acolhimento, escuta e ação prática é o que torna uma cultura verdadeiramente empática, além de produtiva e inclusiva.
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