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Número de mulheres formadas em cursos de ciências cai 48%

By 17 de fevereiro de 2025No Comments

Uma cientista ou pesquisadora, vestindo um jaleco branco, trabalha em um laboratório futurista. Ela está concentrada, analisando informações em uma grande mesa interativa sensível ao toque, que exibe dados visuais e imagens anatômicas. O ambiente tem iluminação moderna com tons de azul e roxo, e várias telas ao fundo mostram informações científicas e gráficos, sugerindo um ambiente de alta tecnologia.

O número de mulheres formadas em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática caiu quase pela metade desde a pandemia. Um levantamento feito pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, a partir do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrou uma queda de 48% na taxa de formação em 2023.

Se em 2019, o número de concluintes era de 53%, o pós pandemia apontou que apenas 23% das mulheres se formaram. A queda também foi evidenciada entre homens, mas em menor proporção. Antes do covid, 37% dos homens receberam seus diplomas, em comparação com 23% de 2023.

Em entrevista para a Agência Brasil, o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, afirmou que a diferença se deve à questões envolvendo tarefas de cuidado das famílias, onde as mulheres são mais demandadas em períodos de crise.

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No entanto, o estudo também mostra que a busca por cursos STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharias e matemática) tem aumentado entre as meninas. De 2013 e 2023, o número absoluto de mulheres que entraram nas graduações em ciências exatas e biológicas passou de 176.547 em 2013 para 227.317 em 2023, uma alta de 29%.

Ainda assim, a procura por este tipo de graduação é menor do que entre os homens. Em 2023, 74% dos ingressantes em áreas da ciências eram do sexo masculino, enquanto um quarto (26%) eram do sexo feminino. Entre os cursos com mais ingressantes mulheres estão, em primeiro lugar, os de engenharia (48%), seguido pelas ciências da computação (43%) e, por fim, as ciências naturais (9%).

Apesar de as engenheiras representarem o maior grupo, a tendência é de queda no número de calouras. Entre 2013 e 2023, houve um recuo de 21% na procura pelos cursos desse grupo. Já a área da computação cresceu 368% entre as mulheres. O grupo das ciências naturais, matemática e estatística teve também um aumento de 11% no mesmo período.

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*informações da Agência Brasil