O número de mulheres formadas em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática caiu quase pela metade desde a pandemia. Um levantamento feito pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, a partir do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrou uma queda de 48% na taxa de formação em 2023.
Se em 2019, o número de concluintes era de 53%, o pós pandemia apontou que apenas 23% das mulheres se formaram. A queda também foi evidenciada entre homens, mas em menor proporção. Antes do covid, 37% dos homens receberam seus diplomas, em comparação com 23% de 2023.
Em entrevista para a Agência Brasil, o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, afirmou que a diferença se deve à questões envolvendo tarefas de cuidado das famílias, onde as mulheres são mais demandadas em períodos de crise.
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No entanto, o estudo também mostra que a busca por cursos STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharias e matemática) tem aumentado entre as meninas. De 2013 e 2023, o número absoluto de mulheres que entraram nas graduações em ciências exatas e biológicas passou de 176.547 em 2013 para 227.317 em 2023, uma alta de 29%.
Ainda assim, a procura por este tipo de graduação é menor do que entre os homens. Em 2023, 74% dos ingressantes em áreas da ciências eram do sexo masculino, enquanto um quarto (26%) eram do sexo feminino. Entre os cursos com mais ingressantes mulheres estão, em primeiro lugar, os de engenharia (48%), seguido pelas ciências da computação (43%) e, por fim, as ciências naturais (9%).
Apesar de as engenheiras representarem o maior grupo, a tendência é de queda no número de calouras. Entre 2013 e 2023, houve um recuo de 21% na procura pelos cursos desse grupo. Já a área da computação cresceu 368% entre as mulheres. O grupo das ciências naturais, matemática e estatística teve também um aumento de 11% no mesmo período.
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*informações da Agência Brasil