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A imagem mostra Elon Musk, o CEO de empresas como Tesla, Xai, SpaceX. Ele está com cabelo curto e um leve sorriso, usando um terno escuro e uma camisa branca. Ele está sentado e posando com as mãos unidas, em um gesto de reflexão, em um fundo escuro e simples. Sua expressão facial transmite seriedade e foco, sugerindo um ambiente profissional, possivelmente durante uma entrevista ou palestra. A iluminação suave destaca seu rosto e postura (Elon Musk, dell, x, xai, starlink, spacex, tiktok)

Por muito tempo, Elon Musk foi o queridinho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Frequentava a Casa Branca, desfilava por Mar-a-Lago, cortava gastos no governo com sua “motosserra da eficiência” e até transformou o gramado presidencial em showroom da Tesla.

Mas, como revela reportagem do The Guardian, esse romance político pode estar chegando ao fim, e sem final feliz.

Desde abril, o nome de Musk praticamente desapareceu das redes sociais de Trump, que antes o mencionava até quatro vezes por semana. Campanhas de arrecadação que usavam sua imagem cessaram, e assessores da Casa Branca passaram a ignorar perguntas sobre ele. No Congresso, ninguém quer ser associado ao bilionário sul-africano.

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De superestrela a problema de campanha

Musk, que chegou a ser informalmente nomeado chefe do “Departamento de Eficiência Governamental” (Doge), já reduziu sua atuação para dois dias por semana e anunciou corte drástico nos gastos políticos. O movimento sinaliza uma tentativa de se distanciar do desgaste gerado por sua exposição em Washington, nos Estados Unidos, e de recuperar a imagem de seus negócios.

Na prática, o Doge causou estragos. Cortou pessoal e orçamento de agências como a USAID, FDA, NIH e até da FEMA, responsável por desastres naturais. Um relatório interno aponta que a agência não está pronta para a temporada de furacões, após perder 30% do quadro funcional.

Mesmo conservadores como Rick Tyler criticam a abordagem. “Eles prometeram eficiência, mas entregaram caos. Não houve plano. Foi só cortar por cortar.”

Waterloo político de Musk

O ponto de virada? A eleição da Suprema Corte em Wisconsin. Musk investiu mais de US$ 3 milhões na campanha do seu candidato, que perdeu por 10 pontos de diferença. Foi o suficiente para os democratas transformarem a eleição num plebiscito: “Povo versus Musk”. E vencerem.

Desde então, a Tesla sofreu com protestos em concessionárias, boicotes e queda nas vendas, agravada pelo apoio público de Musk à extrema direita alemã (AfD) e seu envolvimento tóxico com Trump.

O próprio Musk admitiu, no Qatar Economic Forum,  que iria gastar muito menos com política. O presidente do Partido Democrata de Wisconsin comemorou: “O povo venceu. O maior financiador dos republicanos está levando seus brinquedos embora.”

O que isso revela sobre Trump e sobre política

Analistas como Wendy Schiller, da Brown University, apontaram que o caso de Musk serviu como balão de ensaio. “Se a ideia de reduzir o funcionalismo público colasse, seguiriam com ou sem Musk. Mas como deu errado, descartaram.” Para ela, isso é típico de Trump: “Ele acredita que sua popularidade é autogerada. Se alguém vira um problema, está fora.”

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