A Geração Z já não é mais o futuro… ela é o agora. É essa galera que está entrando nos programas de estágio, assumindo posições em times ágeis, entregando projetos de alto impacto… e também saindo rápido de lugares que não fazem sentido.
É por isso que, para quem está à frente de uma startup, saber engajar a Geração Z não é mais diferencial, é questão de sobrevivência.
E antes que você pense que estamos falando de pufes coloridos, horários flexíveis ou café gourmet: não. O que eu tenho visto de perto, como fundador da Academia do Universitário e parceiro direto de centenas de empresas, é que as startups que realmente conseguem formar times de alta performance com a Gen Z são aquelas que entendem três coisas básicas:
1. Desenvolvimento personalizado vale mais que qualquer benefício de prateleira
A Geração Z cresceu com algoritmos que personalizam tudo. Netflix, Spotify, TikTok… tudo fala com eles do jeito certo, na hora certa. Quando essa mesma geração entra numa empresa que trata o desenvolvimento como “um PowerPoint na integração e uma avaliação no final do ano”, o que ela sente? Que não tem espaço para crescer.
Startups inteligentes estão criando jornadas reais de aprendizado. Elas estruturam planos de desenvolvimento com feedback contínuo, projetos de verdade e espaço para testar.
2. Propósito claro é o novo plano de carreira
“Por que eu estou aqui?”
Essa é a pergunta que a Geração Z faz todos os dias. Eles não querem um crachá bonitinho, querem pertencer a algo que faça sentido.
As startups que conseguem atrair e reter essa galera deixam claro desde o onboarding como o estagiário contribui para os objetivos da empresa. Eles não são café-com-leite no time. Eles são parte do plano.
Recentemente conversei com a Beatriz Tavares, Analista de People da Cogtive, que compartilhou comigo como eles lidam com a Gen Z por lá:
“Na Cogtive, reconhecemos que a Geração Z valoriza propósito, aprendizado significativo e oportunidades reais de crescimento. Mais do que isso, sabemos o quanto é importante para essa geração ser ouvida e levada a sério — com autonomia, mas também com responsabilidade.
Aqui, oferecemos um ambiente extremamente dinâmico, com desafios fora da curva e uma velocidade que foge do comum, ideal para quem quer acelerar seu desenvolvimento.
Acreditamos que boas ideias ganham força quando colocadas em prática, e que o impacto do trabalho fala mais alto do que cargos ou títulos. Para quem está começando a carreira, esse é o cenário ideal: errar rápido, aprender de forma consistente e evoluir de maneira autêntica e contínua.”
É disso que eu tô falando!
3. Feedback estruturado engaja mais que plano de cargos
Essa geração cresceu no tempo real. Stories somem em 24h. Se você espera 3 meses para dar um feedback, já era.
Por isso, vejo startups criando sistemas de feedback rápido, estruturado, conectado com o dia a dia. Isso ajuda o jovem talento a entender onde está indo bem, onde precisa ajustar a rota e o que pode construir.
Não se trata de “mimar”. Se trata de mostrar que existe um caminho claro de evolução, e que o RH e a liderança estão atentos e disponíveis.
4. Liberdade com suporte é o combo perfeito
A Gen Z ama liberdade, mas não curte abandono. O time quer espaço para criar, propor e errar, mas precisa de estrutura para se sentir seguro.
Startups que acertam nesse ponto não são as que “liberam tudo”, mas as que criam um ambiente com confiança, clareza e suporte real. Isso gera times que entregam mais, se comunicam melhor e ficam mais tempo.
Formar bons estagiários é formar seus próximos líderes
As startups que vão vencer o jogo nos próximos anos não são as que contratam melhor. São as que desenvolvem melhor.
Porque talento a gente atrai com marca, mas retém com cultura.
E cultura não é discurso, é o que você faz todo dia.
Se você quer que a Geração Z fique na sua startup, dê a eles um lugar para crescer, errar, aprender e pertencer. A equação é simples: estagiário bem cuidado vira líder dentro de casa.
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