A OpenAI está desenvolvendo seu primeiro modelo de linguagem “aberto” desde o GPT-2, com lançamento previsto para o início do verão no hemisfério norte, segundo apurou o TechCrunch.
A iniciativa representa uma tentativa da empresa de se reposicionar em um cenário em que concorrentes como Meta e DeepSeek vêm ganhando força ao oferecer modelos abertos à comunidade de desenvolvedores.
A criação será liderada por Aidan Clark, vice-presidente de pesquisa da OpenAI, e deve seguir a linha dos modelos da série o, voltados para tarefas de raciocínio.
A empresa pretende lançar um modelo de alta performance, que supere os benchmarks existentes entre modelos abertos e seja compatível com hardware de alto desempenho para consumidores, sem depender de grandes infraestruturas.
Um dos diferenciais em desenvolvimento é a possibilidade de ativar ou desativar o raciocínio computacional, o que permitiria aos desenvolvedores equilibrar precisão e latência conforme o caso de uso, algo semelhante ao que outras empresas como a Anthropic já oferecem.
Poucas restrições
A OpenAI também pretende disponibilizar o modelo sob uma licença altamente permissiva, com poucas restrições comerciais ou de uso, contrastando com críticas dirigidas a iniciativas como o Llama, da Meta, e o Gemma, do Google, que impõem regras mais rígidas.
Segundo o TechCrunch, a OpenAI também se compromete a realizar uma avaliação completa de segurança antes do lançamento, seguindo seu Preparedness Framework. Além disso, a empresa pretende publicar um model card detalhado com informações técnicas, benchmarks e testes internos e externos de segurança.
Nova estratégia
Em declarações anteriores, o CEO, Sam Altman, admitiu que a OpenAI pode ter adotado uma postura conservadora demais em relação ao código aberto e que está reconsiderando sua estratégia. “Vamos continuar produzindo modelos melhores, mas não manteremos a mesma vantagem competitiva de antes”, disse Altman em janeiro durante um Q&A no Reddit.
A movimentação em direção à abertura acontece também em meio a críticas à falta de documentação técnica e testes de segurança mais rigorosos em lançamentos recentes da empresa.
A OpenAI vem sendo cobrada por especialistas em ética da IA a demonstrar mais responsabilidade e transparência. especialmente após o conturbado episódio envolvendo a saída temporária de Altman em 2023, motivado em parte por disputas internas sobre segurança.
Se o novo modelo for bem recebido, a OpenAI considera lançar versões menores na sequência. A expectativa é de que essa nova fase sinalize um compromisso mais claro com abertura, segurança e competitividade frente à rápida evolução do ecossistema de IA global.
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