A inteligência artificial (IA) generativa é prioridade para 39% dos executivos de tecnologia brasileiros, à frente de soluções de segurança, com 28%, e infraestrutura, com 19%. Não por acaso mais da metade das organizações (56%) no Brasil dizem já ter um Chief AI Officer (CAIO) para comandar a implantação, e 31% planejam fazer o mesmo até 2026.
Os dados fazem parte da pesquisa Generative AI Adoption Index, feita pela Amazon Web Services (AWS), em colaboração com a Access Partnership. Foram ouvidos gestores de TI de 411 organizações no Brasil, em setores como serviços financeiros, tecnologia da informação e comunicação, manufatura e varejo.
A conclusão é que a GenAI cresceu no Brasil em 2024, com 93% das organizações tendo começado a explorar ferramentas, e 89% executando experimentos.
“As organizações começam a ir além da exploração e experimentação para a produção e implantação, e agora estão focadas em dimensionar essas iniciativas para um impacto comercial mensurável”, pondera Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil.
Novas frentes, novas liderança
Embora diretores de tecnologia da informação (CTOs e CIOs) liderem a maior parte das iniciativas de transformação, cresce no Brasil o número de empresas apostando em lideranças específicas para IA. Mais da metade (56%) designaram um Chief AI Officer (CAIO) ou Diretor de IA.
Mas as empresas estão em diferentes estágios de maturidade. Quase todas (93%) reconhecem a importância de uma gestão eficaz para integrar a tecnologia ao negócio, mas só 28% possuem uma estratégia estruturada nesse sentido. Espera-se que esse número aumente e que 91% das organizações tenham estratégias dedicadas para gerenciar o impacto da IA até o fim do ano que vem. E que 87% tenham um CAIO em atividade.
Para acelerar a implementação da IA generativa, mais da metade (60%) das organizações lançaram programas de treinamento, e 26% planejam fazê-lo em 2025. A maioria das organizações (68%) afiram possuir diretrizes de IA responsável, e 28% planejando desenvolver uma estratégia em 2025.
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Mais de um terço (40%) dos entrevistados identificaram as diretrizes de IA responsável como um fator-chave na avaliação das ferramentas de IA generativa.
A maioria pretende usar aplicações baseadas em modelos básicos preexistentes (58% modelos prontos para uso e 60% modelos aprimorados). Pouco menos da metade (44%) das organizações estão usando uma combinação de provedores internos e terceirizados para implementar ferramentas de IA generativa, e 20% dependerão exclusivamente de provedores terceirizados em 2025.
O relatório global da AWS está disponível nesse link, enquanto a análise focada no Brasil pode ser acessada aqui.
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