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Ilustração conceitual de inteligência artificial (IA), com um chip central destacado com a sigla "AI" conectado a diversos circuitos e ícones digitais de documentos e dados. Ao fundo, o contorno de um rosto humano em estilo digital e elementos gráficos representando tecnologia, dados e conectividade. A imagem transmite a ideia de processamento de informações e automação através da inteligência artificial (dados, ia, inteligencia artificial, data, integração, integridade, empresas)

Apenas 13% de todo o universo de empresas brasileiras declarou utilizar aplicações de inteligência artificial em 2024, mesma proporção registrada em 2023 e 2021. Desse total, a minoria fez parcerias com fundações ou associações sem fins lucrativos (12%), universidades ou centros de pesquisa (12%) e órgãos de governo (7%).

É o que revela a 16ª edição da TIC Empresas, tradicional pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), lançada nessa terça-feira (13). A pesquisa investigou pela primeira vez como o setor empresarial brasileiro compra software e sistemas de IA, e também as parcerias e ações estabelecidas para o desenvolvimento da tecnologia.

A TIC Empresas 2024 coletou dados entre março e novembro de 2024. Foram entrevistadas 4.453 empresas. Os resultados da pesquisa, incluindo as tabelas de proporções, totais e margens de erro, estão disponíveis no site do Cetic.br.

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Os resultados, segundo o órgão, revelam predomínio de “soluções de prateleira” e terceirização da gestão da IA.

Entre as empresas que utilizaram IA, 76% adquiriram software ou sistemas prontos e 56% contrataram fornecedores externos para desenvolver ou modificar soluções prontas. Outras 25% afirmaram que os sistemas de IA em uso foram desenvolvidos internamente.

“A preferência por soluções de prateleira e o uso de fornecedores externos evidenciam que as empresas brasileiras ainda estão dando os primeiros passos na adoção da inteligência artificial. A pesquisa também mostra uma baixa interação entre as empresas e universidades, organizações do terceiro setor e órgãos do governo”, diz em comunicado Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br | NIC.br.

Os indicadores mostram ainda que a IA é mais comum em grandes empresas (38%) e nas do setor de tecnologia da informação e comunicação (38%). As aplicações mais usadas são as relacionadas à automação de processos e fluxos de trabalho (63% das que usam IA), seguidas das de reconhecimento e processamento de imagens (33%).

IoT e conectividade

A TIC Empresas 2024 também traz dados sobre nuvem e internet das coisas (IoT). Entre 2021 e 2024, a proporção de empresas que contrataram serviços em nuvem passou de 29% para 33%. Já as que adotam IoT são 14%, ou cerca de 70.546 empresas, com prevalência nas de grande porte (37%) em relação às médias (28%) e pequenas (12%).

Em se tratando de conectividade, 92% das empresas, de todos os tamanhos, estavam conectadas à internet via fibra óptica. E a busca por maiores velocidades de download cresceu: houve aumento na porcentagem daquelas que contrataram velocidades acima de 500 Mbps, passando de 21% para 28%.

“O crescimento não é apenas reflexo de uma maior oferta da fibra óptica no país, mas demonstra também a capacidade dos negócios de todos os portes em melhorar suas conexões à internet ao longo do tempo”, diz Barbosa.

As redes sociais seguem como a principal forma de presença online das empresas brasileiras (89%) – pouco mais da metade (53%) possuíam um site em 2024, e 74% utilizaram WhatsApp ou Telegram, crescimento de 32 pontos percentuais em relação a 2017 (42%). Instagram, Snapchat, TikTok ou Flickr também cresceram, de 22% em 2017 para 74% em 2024.

Em 2024, 61% das empresas brasileiras venderam produtos e serviços pela Internet. Dentre os meios utilizados para realizar transações online, predominaram WhatsApp, Skype e chat do Facebook (49%). O uso do e-mail apresentou queda: em 2024, 34% venderam por este canal (foram 40% em 2023).

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